O Largo do Toural foi o local escolhido para o arranque simbólico desta corrida eleitoral. Perante uma plateia numerosa, Ricardo Araújo, candidato da coligação à Câmara Municipal de Guimarães, destacou a importância do momento. “Ver este Toural cheio é uma alavanca para percorrer o caminho para a vitória. São 55 homens e mulheres que aqui estão e são eles que nos vão ajudar”, afirmou.

A sessão contou com a presença de várias figuras de relevo nacional do PSD, entre elas José Pedro Aguiar Branco, atual presidente da Assembleia da República, Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, e Ana Luísa Machado, secretária de Estado da Justiça. Também marcaram presença personalidades ligadas ao partido a nível concelhio, como António Xavier, antigo presidente da Câmara de Guimarães, eleito pelo PSD, que foi elogiado por Ricardo Araújo como “um dos melhores cidadãos da cidade de Guimarães”.

Durante o seu discurso, Ricardo Araújo justificou a opção de não criar uma comissão de honra para a candidatura. “Todos os vimaranenses fazem parte dela”, disse, frisando o caráter inclusivo do projeto. O candidato recordou que construiu a sua carreira fora da política, mas sublinhou a vontade de contribuir para o desenvolvimento do concelho. “Quero ser presidente de Câmara porque não aceito ver este concelho a perder oportunidades, a perder empresas, a perder jovens e o crescimento”, reforçou.

Numa crítica direta ao adversário socialista, Ricardo Araújo questionou a capacidade do candidato do PS para liderar o município. “Será um candidato do PS que não serviu como vereador a servir para presidente de Câmara? Esteve oito anos na vereação, qual foi o legado que deixou? Nada. Tem um estilo parecido ao de Pedro Nuno Santos”, afirmou.

© Helena Lopes/Mais Guimarães

O candidato da coligação aproveitou ainda para lançar críticas sobre alegados conflitos de interesses do adversário, referindo notícia avançada pelo JN que dá conta de alegados benefícios fiscais atribuídos a uma empresa para a qual Ricardo Costa viria a trabalhar depois de sair do Executivo Municipal. “Tem de se explicar e não vamos deixar passar”, garantiu.

Apesar das críticas, Ricardo Araújo reconheceu os avanços que o concelho registou nos últimos anos, nomeadamente ao nível do património, da cultura, do ambiente e da sustentabilidade, que contribuíram para a atribuição a Guimarães do título de Capital Verde Europeia em 2026. Contudo, defendeu que “há muito por fazer”. “Não basta retirar o trânsito do centro da cidade, temos de revitalizar o centro. Não basta retirar os carros porque passamos a ter uma cidade deserta”, defendeu.

Caso vença as eleições, Ricardo Araújo compromete-se a iniciar um novo ciclo no concelho, com especial enfoque na mobilidade, no trânsito e nos transportes públicos. Entre as propostas destacam-se o passe gratuito para jovens, a criação de um passe único de 10 euros para todos os cidadãos e o avanço do projeto metrobus.

O candidato sublinhou ainda a necessidade de criar um novo acesso à autoestrada que facilite a circulação na zona norte do concelho, especialmente nas Taipas e no AvePark. A habitação e a fixação de jovens no território também foram temas centrais. “Temos de acrescentar inovação que seja capaz de aumentar a rentabilidade das empresas, aumentar salários e fixar jovens com melhores ordenados e habitação”, concluiu.