“Tal como aconteceu em Moreira de Cónegos, entrámos bem no jogo, em busca da vitória. Temos de melhorar e ganhar consistência ao longo dos jogos. Voltámos a sofrer um golo, ainda por cima na primeira ou segunda vez que foram à nossa baliza, e isso deitou-nos um bocadinho abaixo. Repetiu-se um pouco o filme do último jogo: nós a sermos superiores e o adversário a marcar na primeira ocasião em que rematou à nossa baliza. Temos de melhorar, sendo mais assertivos na resposta”, lamentou.

O técnico admitiu que a equipa revelou algum receio após o intervalo e explicou as mudanças efetuadas: “Senti que a equipa precisava de ser refrescada, especialmente no meio-campo e no flanco direito. O Telmo Arcanjo fez uma primeira parte interessante naquele que foi o seu primeiro jogo a titular, mas denotou cansaço. O Nélson Oliveira foi substituído porque era necessário ter um ponta de lança com outra presença dentro da área. Entraram o Vando, para dar maior agressividade ao ataque, e o Nuno Santos, para termos maior critério entrelinhas. Mas não conseguimos dar o clique que pretendíamos.”

Apesar da frustração, Luís Pinto destacou positivamente alguns dos novos protagonistas do onze inicial: “Posso dizer que os jogadores que alinharam de início deram passos firmes para voltarem a ser titulares. Gostei bastante deles. Demos mais estabilidade à linha média com o Beni e o Gonçalo Nogueira. São dois jovens com muito talento, uma dimensão física interessante e qualidade técnica. Senti que mereciam esta oportunidade.”

O treinador fez ainda questão de agradecer a confiança demonstrada pelo presidente António Miguel Cardoso, que no final do jogo também reforçou o apoio ao projeto: “Tenho de agradecer as palavras do presidente. É alguém que está muito presente nos treinos e vê o trabalho que é feito. A confiança dele é fundamental. Ninguém pode aceitar trabalhar no Vitória sem conhecer a exigência deste clube. Eu estava preparado para os desafios e dificuldades e estou totalmente focado em incutir os valores do que é ser Vitória SC.”

Com a paragem do campeonato à vista, Luís Pinto vê no intervalo competitivo uma oportunidade para fortalecer o grupo: “Será benéfica. Servirá para desenvolvermos relações humanas que nos permitirão ser mais fortes. Quanto mais reforçarmos as nossas relações, tanto melhor. Teremos jogadores nas seleções, o grupo não estará completo, mas tudo faremos para reagirmos às adversidades.”

O Vitória SC soma quatro pontos em quatro jornadas e procura recuperar consistência na I Liga, depois de um arranque aquém das expectativas. No regresso da competição, a 5.ª jornada está marcada para 14 de setembro, com os vimaranenses a deslocarem-se ao terreno do Estrela da Amadora.