Luís Pinto critica arbitragem e lamenta “espetáculo prejudicado” no empate entre Vitória e Gil Vicente

O treinador do Vitória de Guimarães, Luís Pinto, manifestou forte desagrado com a arbitragem do empate a zero frente ao Gil Vicente, alinhando-se com as críticas já deixadas pelo presidente do clube, António Miguel Cardoso, que falara momentos antes aos jornalistas.

© VSC

“Vale a pena chorar no futebol português. Foi um jogo sempre parado, sempre com ações para tentar proteger o que quer que seja, e assim acabamos por prejudicar o espetáculo”, lamentou o técnico de 36 anos, visivelmente frustrado. “Não sei se, como adepto, viria ver futebol. Peço desculpa, mas não me apetece falar muito sobre isso. O que a nossa equipa fez foi tão competente que não vale a pena desviarmo-nos do nosso foco. Ainda não sei como aquela bola do Ndoye não entrou. É sobre isso que devíamos estar a falar”.

Antes, o presidente do Vitória, António Miguel Cardoso, já havia estado na sala de imprensa onde deixou duras críticas à arbitragem de Anzhony Rodrigues, da AF Madeira, e ao VAR Manuel Mota. O dirigente surgiu apenas para fazer uma curta declaração, na qual denunciou três alegados penáltis não assinalados a favor da sua equipa.

“A única coisa que tenho a dizer depois deste jogo é que nos queixámos de três penáltis que não foram marcados: aos 15 minutos, sobre o Noah Saviolo; aos 42, num agarrão ao Miguel Maga que acabou dentro da área; e já nos descontos, outro agarrão ao Ndoye. Bastava terem marcado um, sendo que ficaram três por marcar”, afirmou.

António Miguel Cardoso não prestou mais esclarecimentos nem respondeu a perguntas dos jornalistas, limitando-se a deixar esta nota crítica sobre o dérbi minhoto que terminou sem golos.

Já Luís Pinto, questionado sobre a confusão registada no túnel de acesso aos balneários, admitiu desconhecimento: “Sei que houve confusão, ouvi barulho, mas não percebi o que foi”.

Na análise ao jogo, o treinador reconheceu que a equipa podia ter sido mais incisiva em determinados momentos: “Faltou-nos velocidade e maior agressividade dentro da estrutura do Gil Vicente. Criámos oportunidades que podíamos ter convertido e não me lembro de termos passado por algum susto junto da nossa baliza. Fomos competentes e competitivos, embora nos tenha faltado frescura em algumas fases”.

Sobre o que é preciso melhorar, Luís Pinto sublinhou a importância de retirar ensinamentos do encontro: “Temos de perceber a resiliência às dificuldades que foram surgindo. Reconhecemos a qualidade do Gil, mas tivemos de lutar também contra outros tipos de adversidades que não estávamos à espera. A equipa pode usar este momento para crescer e perseguir aquilo que quer. É isso que temos de fazer: focar-nos nos erros para nos aproximarmos do que desejamos ser dentro do campo”.

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