Miguel Pinto Lisboa: “Honrar e perpetuar a memória deste seu embaixador”
Responsável máximo reagiu à morte de um "símbolo" do clube.

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Miguel Pinto Lisboa reagiu à morte de Neno. Conquistador na terra de conquistadores, o dirigente não escondeu o desaparecimento abrupto de um símbolo do clube.
“A triste notícia que nos despertou para um vazio que julgávamos inimaginável provocou em todo o universo vitoriano uma onda de enorme consternação, mas teve também o condão de demonstrar o carinho e o respeito que o “nosso” Neno merecia em toda a sociedade portuguesa, unindo mundos tão diversos em torno de uma figura carismática, consensual e que por todos é lembrada como sinónimo de alegria e de uma profunda humanidade.
O Neno sempre foi uma pessoa cheia de vida, o que torna ainda mais cruel esta perda. Nesta hora tão difícil, o pensamento do Vitória e dos vitorianos está sobretudo com as pessoas que lhe são mais próximas e às quais o clube tem prestado e continuará a prestar todo o apoio.
Neste abraço coletivo não esqueçamos os amigos que o Neno deixa no Vitória e em Guimarães. O dia-a-dia do clube e da cidade confundiam-se com a figura do Neno, sempre presente, sempre com uma palavra amiga e com a disponibilidade que é única das pessoas mais genuínas. Sendo uma fonte de energia e de boa disposição, o Neno foi alguém que fez da partilha e da camaradagem um mote de vida e uma forma de estar.
Recordar o Neno é ter permanentemente na imagem um sorriso. Um sorriso que contagiou o Vitória, o futebol nacional e a sociedade portuguesa. Agradeço, por isso, todas as manifestações que nos têm sido endereçadas por várias entidades e personalidades do desporto e da vida pública, registando a força que nos transmitem nesta hora tão inesperada.
Dirijo também, de forma muito sentida, um forte abraço a todos os funcionários e colaboradores do Vitória, do presente e do passado, amigos de todos os momentos, que sentem de forma avassaladora esta perda e esta ausência de alguém tão querido e cuja existência se confundia com a do próprio quotidiano do clube.
É irónico que o Neno, natural de Cabo Verde e tão orgulhoso das suas raízes, nos tenha deixado no Dia de Portugal, ele que tão bem representou, promoveu e difundiu esta noção de bem comum, perdurando não apenas como uma figura local, mas como alguém que saltou, de forma consensual, as próprias fronteiras do País.
O Vitória tem a enorme responsabilidade de honrar e perpetuar a memória deste seu embaixador, grande em todos os momentos, mas enorme sobretudo no exemplo de vida que nos deixa. Muito obrigado, Neno. Descansa em paz”