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MOBILIDADE: PSD ACUSA A AUTARQUIA DE NÃO PASSAR DOS ESTUDOS À PRÁTICA

A reunião de câmara desta segunda-feira ficou marcada pelas críticas da oposição relativamente à estratégia municipal para a mobilidade. O autarca Domingos Bragança afirmou que "sem estudos nada se faz" e que os presidentes dos municípios do quadrilátero irão debater, brevemente, a possível criação de uma rede de tramway que ligue as quatro cidades.

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A reunião de câmara desta segunda-feira ficou marcada pelas críticas da oposição relativamente à estratégia municipal para a mobilidade. O autarca Domingos Bragança afirmou que “sem estudos nada se faz” e que os presidentes dos municípios do quadrilátero irão debater, brevemente, a possível criação de uma rede de tramway que ligue as quatro cidades.

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“Guimarães continua a não ter uma estratégia municipal no que toca à mobilidade”. A acusação partiu do vereador do PSD, Bruno Fernandes, esta segunda-feira, em reunião municipal. O social democrata falava a propósito do debate que aconteceu a 10 de janeiro, no campus de Azurém da Universidade do Minho, organizado pela Associação de Jovens Empresários de Guimarães. O debate tinha como objetivo discutir uma possível implementação de uma rede de comboios elétricos urbanos no concelho.

No período antes da ordem do dia, Bruno Fernandes afirmou que “a mobilidade é central no desenvolvimento de Guimarães e é um problema que vai sendo adiado”.  O social democrata recordou que, em 2016, Domingos Bragança defendeu a ideia de que os municípios do quadrilátero (Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos) deveriam refletir sobre a importância de implementar uma rede de metro de superfície ou um Tramway. “Desde 2016 essa ideia foi metida na gaveta”, criticou Bruno Fernandes. “Quatro anos depois, porque uma associação toca novamente no problema, toca a tirar um coelho da cartola: mais um estudo”, afirmou.

Bruno Fernandes referiu ainda que a autarquia tem vindo a desenvolver “um conjunto de estudos e projetos” e, na prática, não os concretiza. “O próprio Plano de Mobilidade Urbana Sustentável resulta de normativos legais. Se um cidadão de Lordelo quiser vir à cidade ao fim de semana, praticamente não tem transportes públicos. Estamos a anos luz de ter uma rede de transportes públicos que ligue a cidade às freguesias, as freguesias à cidade e as freguesias entre si”, lamentou.

O vereador do PSD disse mesmo que “Guimarães continua na pré-história daquilo que são os transportes públicos coletivos”. “Mais uma vez ficou provado que não temos uma Câmara que dê prioridade a este assunto. Ainda estamos na era da aprovação dos planos e projetos”, acrescentou.

Na resposta, o autarca Domingos Bragança defendeu que, em 2016, quando defendeu a criação de um transporte coletivo que ligasse os quatro municípios, os restantes autarcas apontaram que a ambição “levaria muitos recursos financeiros”. “Agora as questões tomam outra dimensão. Os colegas do quadrilátero entendem que devemos fazer estudos para que possamos ver se temos condições financeiras para nos próximos anos implementarmos o tramway”, afirmou. O autarca defendeu ainda que o projeto só poderá ser implementado nos quatro municípios e não apenas em Guimarães. “Sem os quatro municípios não terá a dimensão necessária”, reforçou.

O presidente do município vimaranense explicou que esta poderá ser uma rede a implementar ao longo dos próximos 20 anos. “Se tivermos nos próximos 20 anos a obra completa, seremos um exemplo para a Europa de quatro cidades que se uniram para construir e instalar a mobilidade moderna”, defendeu. Relativamente aos estudos que têm sido desenvolvidos, o autarca apontou que “sem estudos nada se faz”. “A mobilidade não é um problema de Guimarães, mas sim de todas as cidades que têm crescido muito, como Braga, Coimbra ou Aveiro”, enumerou.

No que concerne ao transporte público existente, Guimarães aguarda aprovação da Entidade Reguladora relativamente ao Concurso Público Internacional para a concessão do mesmo. “Se não vier urgentemente, vou eu a Lisboa buscar essa autorização para lançar em efetivo.  Defini que pelo menos 50% dos autocarros devem ser 100% elétricos”, frisou.

Segundo o autarca, brevemente terá lugar um debate entre os quatro autarcas do quadrilátero e diferentes especialistas para discutir precisamente a mobilidade na região. Em março, os autarcas irão também reunir com um membro do Governo para discutir a possível criação de uma rede de tramway que ligue as quatro cidades.

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