Município de Guimarães está entre os 100 melhores em eficiência e eficácia financeira
A Cidade Berço subiu duas posições no ranking global do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses.

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O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) acaba de apresentar a 21ª edição do Anuário Financeiro dos Municípios, com dados referentes a 2024.
Há 13 grandes municípios entre os 100 mais bem classificados em termos de eficiência e eficácia financeira e Guimarães é um deles. Fica a saber-se que a receita fiscal, nos últimos quatro anos, subiu 10 milhões de euros, em Guimarães e que o município está no top 20 dos que mais taxas, multas e penalidades cobram.
Guimarães também se evidencia por ter baixado a dívida e o peso dos salários na despesa total, em contraciclo com outros municípios.Entre os grandes municípios do distrito de Braga, Famalicão também entra na lista dos melhores. Vila Verde, Fafe (média dimensão) e Amares (pequena dimensão), são os outros três municípios que completam o lote de cinco que o distrito de Braga coloca no ranking.
Guimarães é o 12º (era 13º, em 2023) concelho entre os 13 municípios de grandes dimensões que entram na lista dos melhores em termos de eficiência e eficácia financeira. O município alcançou 998 pontos, em 1900 possíveis.

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A liderar esta lista dos maiores municípios surge Sintra, com 1695 pontos, seguido da Maia (1683) e da Amadora (1554). Famalicão, o outro grande município do distrito de Braga que figura entre os melhores, alcançou a 7ª posição (era 8º, em 2023) e somou 1175. O distrito de Braga coloca também dois municípios de média dimensão entre os 100 melhores – Vila Verde (13º) e Fafe (26º) – e um de pequena dimensão – Amares (
40º).
O Município de Guimarães é o 15º em termos de volume de receita cobrada, com 133 666 109 euros, mais 13% que em 2023. Braga em 8º, com 185 569 954 euros, mais 23,2% que em 2023, e Famalicão em 13º, com 149 028 829 euros, um crescimento de 21,3% relativamente a 2023, surgem à frente de Guimarães nesta lista.
Receita fiscal disparou 10 milhões, desde 2020
Guimarães é o 23º município com maior receita fiscal, quase a par com Famalicão que surge na 24ª posição, ambos na casa dos 43 milhões. Nos últimos quatro anos, a receita fiscal do Município de Guimarães aumentou, aproximadamente, 10 milhões de euros. Este ranking é liderado por Lisboa, seguido de Cascais e do Porto.
Receita de IMI a cair
Entre os Municípios com mais receita de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) cobrada, Guimarães aparece na 20ª posição. A taxa deste imposto era de 0,33%, em 2022, e desceu para 0,32%, em 2023. A receita proveniente do IMI, em Guimarães, desceu de 19 197 608 euros, em 2023, para 18 530 551, em 2024. Os valores provenientes do IMI representam 13,6% da receita do Município, em linha com o que acontece com Braga (12º entre os que mais IMI cobram), onde este imposto representa 13,3% da receita. Guimarães é o 9º município onde a receita de IMI mais caiu (567 mil euros), num ranking liderado por Aveiro (2,1 milhões de euros), Portimão (1,5 milhões de euros) e Santo Tirso (1,4 milhões de euros).

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Ao nível do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas (IMT), Guimarães surge no lugar 30, entre os que cobram mais, com 13 779 068 euros, mais 3,4 milhões do que em 2023. O IMT tem um peso de 10,1% nas receitas totais do Município, abaixo da média nacional que é de 13,2%.
Ao nível da Derrama (imposto tributado às empresas sobre o lucro) , o Município de Guimarães posiciona-se na 16ª posição entre os que obtêm mais receita por esta via, com 6,2 milhões de euros. Os outros dois grandes municípios do distrito também constam deste ranking são: Braga (8º), com 10,8 milhões de euros , e Famalicão (11º), com 7,5 milhões de euros. Lisboa (122,8 milhões de euros), Porto (31,6 milhões de euros) e Oeiras (20,3 milhões de euros) são os municípios que mais receita recolhem a partir da Derrama.
Guimarães está a cobrar mais IUC, Lisboa está a faturar menos
Ao nível do Imposto Municipal sobre Veículos (IUC), Guimarães ocupa a 13ª posição, só superado por Braga (8ª posição), ao nível distrital. Famalicão surge nesta lista no 16º lugar. O Município cobrou 4 766 720 euros em IUC, em 2024, mais 870 522 euros do que em 2020. Como curiosidade, o Município que lidera este ranking, Lisboa, cobrou 18 244 680 euros, menos 756 880 euros do que em 2020.
O Berço está entre os 20 primeiros a cobrar multas
Entre os municípios com maior receita cobrada de taxas, multas e outras penalidades, Guimarães figura na 19ª posição, com 5,8 milhões de euros. Braga posiciona-se na 12ª posição, com 8 milhões de euros de receita a partir destas fontes e Famalicão é o 21º município neste ranking, recolhendo 5,5 milhões de euros. Destaque, no distrito de Braga, para o Município de Barcelos que ocupa a 30ª posição, com 4,1 milhões de euros de receitas provenientes de taxas, multas e outras penalidades, mas com um aumento de 94,3%.

No ranking dos municípios que mais contribuíram para a redução da dívida pública, fazendo amortizações superiores ao volume de empréstimos utilizados, Guimarães surge na 12ª posição. Só há mais um município do distrito de Braga nesta lista, trata-se de Vila Verde, no lugar 32. Guimarães abateu 2,8 milhões de euros à sua dívida e Vila Verde 1,4 milhões de euros. Coimbra lidera esta lista com 9,3 milhões de euros de redução da dívida e seguem-se Funchal, com 7,2 milhões de euros e Seixal, com 5,9 milhões de euros.
Gastos com pessoal em proporção da despesa total baixaram
No que toca às despesas com pessoal, o Município de Guimarães consta da lista daqueles em que os salários têm menos peso na despesa total. No município vimaranense, os salários pesam 26% na despesa total, uma redução de 3,1% relativamente a 2023, e, contraciclo com a tendência nacional que foi de crescimento da despesa com ordenados (7,2%). Barcelos é outro município do distrito de Braga que surge neste ranking, com a massa salarial a pesar 24,5% da despesa total.
No que toca ao investimento pago, Guimarães figura na 10ª posição entre os municípios com maior volume: foram 34,2 milhões de euros, representando um dos maiores aumentos percentuais, 66,4%. Lisboa (238 milhões de euros), Cascais (105 milhões de euros) e Porto (83,6 milhões de euros) lideram esta lista dos maiores investidores. Braga surge em 17º lugar com 22,8 milhões de euros, uma redução de 11,3% e Famalicão no 24o posto, 20,5 milhões de euros, um aumento de 13%.





