Não há data para obra nem abertura de creche no Verbo Divino

O antigo edifício do seminário do Verbo Divino, em Guimarães, foi alugado pelo Município para a criação de uma creche que não estará a funcionar em setembro, no início do próximo ano letivo. A garantia foi dada pela vereadora Paula Oliveira, depois da questão lançada pela oposição.

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As instalações do Verbo Divino carecem de obras de requalificação cujo orçamento, segundo a vereadora da Ação Social, é superior a 500 mil euros. “A estrutura funcional de uma creche, e que está preconizada nos regulamentos da Segurança Social, é muito exigente e estamos a trabalhar todo este processo, em articulação. Estamos a falar de um edifício que é antigo, e cumprindo todos os normativos e exigências, e com a qualidade que queremos, e já com o mobiliário, estamos a falar de um valor que ultrapassará largamente o meio milhão de euros”. O concurso deverá ser lançado em breve, o mesmo acontecendo com a questão do concurso público para escolher a IPSS responsável pela gestão da valência.

Mas avançar com datas nos tempos que correm, é arriscado. “Estamos a falar do lançamento de um concurso público que depois precisa de concorrentes, que pode ficar desertos”, disse a vereadora.

Paula Oliveira deu ainda conta que Guimarães, entre 2023 e 2024, criou 500 novas vagas em creches e, existem mais 617 lugares licenciados, ao abrigo do PRR, não contando com as 120 do Verbo Divino.

O tema surge após uma interpelação do vereador do PSD, Hugo Ribeiro, ao presidente da Câmara, Domingos Bragança, sobre as 120 vagas de creche que seriam criadas no Verbo Divino, “prometidas em maio de 2023”. A escassez de vagas em creche no concelho é uma preocupação do PSD e o “Município tem uma palavra a dizer, assim como formas de fazer com que o setor social materialize a abertura de vagas”. “Começamos a ver que o setor social está a cumprir a sua missão e a Câmara, naquilo que lhe compete, não está a cumprir”, disse Hugo Ribeiro. O vereador acusa o Município de protelar “questões que são importantes e prioritárias”. O resto do edifício do Verbo Divino vai ser cedido a unidades da Universidade do Minho, assim como da Unidade de Saúde Local do Alto Ave e à Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Universitário (CESPU), a título gratuito.

No final da sessão, coube ao vereador Paulo Lopes Silva substituir o autarca Domingos Bragança, na conferência de imprensa, e questionado sobre a gratuitidade na cedência do espaço à CESPU – entidade privada – respondeu que “é positivo que se instalem no concelho instituições de ensino superior, como a CESPU, porque dão resposta a um conjunto de áreas de formação”. Já no que toca à cedência do espaço a título gratuito, o vereador disse que “pode ter que ser avaliada do ponto vista técnico jurídico”.

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