“Não posso permitir que o meu bom nome e do CF sejam utilizados na contenda eleitoral”

Ricardo Martins Lobo, presidente do Conselho Fiscal do Vitória SC, emitiu esta quarta-feira um comunicado, sobre o tema que a Lista A, encabeçada por Luís Cirilo tem debatido, afirmando que o clube não disponibilizou as contas solicitadas.

© Vitória SC

Diz Ricardo Lobo que recebeu, por parte do presidente da Mesa da Assembleia Geral, a 31 de janeiro, uma carta da Lista A, solicitando uma reunião com o Conselho Fiscal. “Nesse mesmo dia, contactei os elementos da Lista A, informando que estaríamos naturalmente disponíveis para realizar uma reunião, que ficou apenas condicionada à disponibilização de informação económico-financeira relativa ao primeiro semestre”, lê-se.

Acrescenta Ricardo Lobo que a 18 de fevereiro, o administrador Rui Rodrigues, lhe enviou o Balanço e Demonstração de Resultados relativo ao período de 01/07/2024 até 31/12/2024, sendo que “essa informação foi publicada no site do Vitória, e tornada pública, passados uns minutos”. De seguida, referiu que se realizou uma reunião, por si agendada, a 24 de fevereiro, na sala principal do Estádio D. Afonso Henriques, onde estiveram presentes o próprio, João Freitas, vice-presidente do Conselho Fiscal, e dois elementos da Lista A, Cristina Cepa Carvalho e Marcos Carvalho.

No comunicado enviado às redações, o presidente do Conselho Fiscal do Vitória descreve a reunião como “muito interessante, onde foram discutidos assuntos da esfera económico-financeira da Vitória SC Futebol SAD e do Vitória Sport Clube”. Mas diz também que referenciou “que ainda não tinha tido acesso a mais documentação por falta de agenda própria, já que o Dr. Rui Rodrigues se tinha mostrado disponível para me apresentar a dita documentação”, afirma.

E continua: “Foi também referenciado por ambos que deveria existir um regulamento eleitoral que espelhasse os direitos e os deveres das listas candidatas e foi também discutida e partilhada a ideia de a eleição para os órgãos sociais serem feitas órgão a órgão”. Diz Ricardo Lobo que “retirar dessa reunião mais do que esta informação é completamente desajustado do enquadramento” e visa “naturalmente a obtenção de ganhos eleitorais”: “Não posso permitir tal feito, até pela independência do órgão e dos membros que o compõem”.

“Não posso permitir que o meu bom nome e o dos elementos do Conselho Fiscal atual sejam utilizados na contenda eleitoral”, afirma Ricardo Lobo, referindo ainda que deseja que o dia 01 de março “seja mais um dia bonito” na história do clube “e que os sócios, em grande número, possam escolher os seus novos órgãos sociais para o próximo triénio”.

“Há divergências pessoais e estratégicas, que não têm que ver com a situação económico-financeira do Vitória”

Ricardo Lobo abordou depois a sua saída da equipa que se candidata pela Lista B. “É público que o presidente do clube, Dr. António Miguel Cardoso, não me convidou para fazer parte da nova lista, e também é público que eu não iria aceitar tal convite, se o mesmo tivesse existido”. Admite que “existem divergências pessoais e estratégicas, públicas, que não têm que ver com a situação económico-financeira do Vitória, nem relativamente a qualquer dúvida sobre a veracidade das contas apresentadas”.

Desdramatiza afirmando que “essas divergências são normais e salutares, pois cada um tem ideias diferentes sobre o modo como o clube deve ser gerido”, no entanto, acrescenta, “tal não implica desconfianças ou mesmo dúvidas sobre o que quer que seja”.

Diz Ricardo Lobo que, da sua parte, “existe um enorme orgulho em ter sido presidente do Conselho Fiscal do clube num momento tão difícil da sua história” e de ter tido, ao seu lado, “uma equipa de vitorianos, isentos, independentes e com uma elevada estatura moral e profissional”.

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