Nuno Vaz Monteiro vê Chega a caminho do poder e aposta na eleição para a vereação municipal

Nuno Vaz Monteiro, porta-voz do Chega em Guimarães e candidato à Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas, manifestou satisfação com os resultados alcançados pelo partido a nível nacional e local.

© Mais Guimarães

Destacou o “dever cumprido”, sublinhando que ainda faltam ser contabilizados os votos da emigração, os quais, segundo as suas previsões, poderão garantir ao Chega mais dois deputados. “Isso tornará o Chega a segunda maior força política, superando o PS”, afirmou.

O político recordou a promessa feita por André Ventura em 2020, durante um Conselho Nacional do partido, de que até 2028 o Chega seria a principal força política em Portugal. “Acreditamos que esse crescimento é possível. Muita gente dizia que éramos apenas uma moda passageira, mas os factos demonstram o contrário. Como disse o comediante Nilton, isto é como uma startup de sucesso. Começámos com um funcionário em 2019, éramos 12 em 2022, passámos para 50 em 2024 e, em 2025, devemos crescer mais ainda”, ilustrou.

Para Nuno Vaz Monteiro, o crescimento do partido é visível, mesmo perante o que considera ser um bloqueio constante do “sistema”. Reconhece falhas, mas acredita que o Chega se distingue por assumi-las. “Erramos, como todos os partidos, mas não escondemos. Tomamos responsabilidade e atuamos”, defendeu. Criticou, por contraste, casos como o de um ex-secretário de Estado do PSD reeleito apesar de se ter demitido na sequência de polémicas relacionadas com a Lei dos Solos, dizendo que isso reflete a “impunidade e falta de ética” da política tradicional.

Quando questionado sobre a centralização do partido na figura de André Ventura, Monteiro admitiu que o líder é uma figura incontornável, mas argumentou que isso também se verifica noutros partidos históricos, como o PSD com Sá Carneiro ou o PS com Mário Soares. “Temos nomes fortes como Rita Matias, que tem vindo a crescer politicamente e poderá ser uma liderança futura, ainda que não pretenda assumir a presidência neste momento”, disse, afastando a ideia de que Ventura esteja de saída. “Ele tem apenas 42 anos e está longe de abandonar a missão”.

Sobre o perfil do eleitorado do Chega, o candidato acredita tratar-se de um eleitor “firme e fiel”, que vota por convicção e desilusão com os partidos tradicionais. “São pessoas que já deram oportunidades ao PS e ao PSD durante décadas e perceberam que não funciona. Portugal só sobe em rankings negativos, com poucas exceções. É um eleitorado que procura uma alternativa real”, argumentou.

Autárquicas: “Um mau resultado seria eleger um vereador, e um bom resultado seria eleger dois”

Quanto ao seu objetivo em Guimarães, Nuno Vaz Monteiro pretende manter o impulso de crescimento do partido também a nível local. Considera que será “motivador” conquistar representação no executivo municipal, estimando que “um mau resultado seria eleger um vereador, e um bom resultado seria eleger dois”. Ciente do desafio, afirmou que o trabalho será focado em conquistar a confiança dos eleitores locais, além dos que já votam no Chega por identificação com o partido. “Temos de trabalhar a imagem do candidato e continuar o trabalho de proximidade. Desde 1989, a única força política fora do PS e PSD que conseguiu eleger dois vereadores em Guimarães foi a CDU.”

Monteiro destacou ainda a aposta do partido na comunicação digital. “A nossa presença nas redes sociais tem sido fundamental, muito porque a comunicação social tradicional não nos dá espaço. Fazemos trabalho de rua semanalmente e mostramos isso online. As pessoas veem que estamos com elas, mesmo fora do ciclo eleitoral”. O foco da sua candidatura será “melhorar a mobilidade e resolver pequenos problemas que têm um grande impacto na qualidade de vida dos vimaranenses”. Com isso, acredita que o Chega “poderá fazer a diferença no Município de Guimarães”.

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