OS ESCUTEIROS DE SANDE S. CLEMENTE QUEREM DAR UMA NOVA VIDA À ESCOLA DE VIEITE
A antiga Escola Primária de Sande São Clemente, na rua da Escola de Vieite, está prestes a transformar-se para dar abrigo a quem visitar aquela freguesia.
Transformar a antiga Escola Primária de São Clemente num albergue para quem visita a freguesia — e fazer do espaço um local de convívio para a comunidade local — é o objetivo dos escuteiros do agrupamento 1259.
A antiga Escola Primária de Sande São Clemente, na rua da Escola de Vieite, está prestes a transformar-se para dar abrigo a quem visitar aquela freguesia. E quem está a mobilizar os meios para atingir esse fim são os escuteiros de São Clemente, do Agrupamento 1259. Primeiro, através do Orçamento Participativo (OP) do ano passado; agora, com um concurso promovido pelo Pingo Doce, que venceram. A escola foi cedida aos escuteiros “há uns três anos” pela junta de freguesia, que tratou de proceder a intervenções tanto no interior como no exterior do edifício, nomeadamente no telhado.
Mas era preciso mais. Por isso, Vânia Cardoso, representando os escuteiros, concorreu ao OP de 2018 para requalificar o espaço exterior através do projeto “Reavivar Memórias”. As ideias dos jovens escuteiros confluem com as vivências daqueles que passaram pela escola noutros tempos: preservam-se as recordações adaptando um edifício às necessidades dos tempos. A intervenção na parte exterior, prevista pelo OP, ainda não está realizada, já que os escuteiros estão “à espera do dinheiro” para avançar. Com o concurso do Pingo Doce — que a Associação de Pais de Brito também venceu —, pretende-se “mobilar a parte interior”. “Já temos duas sedes e são grandes. Queremos dar uso [à antiga escola primária] para receber escuteiros e dar um espaço melhor. Quando vamos a outros lados, temos camaratas, por exemplo”, começa por explicar.
A candidata a dirigente escutista e estudante de Arquitetura indica que, com a conquista do concurso, os escuteiros pediram “quatro beliches”. Poderá haver espaço para mais, mas, uma vez que as obras ainda não estão concluídas no interior, ainda não há certezas quanto à capacidade da escola transformada em albergue.
Segundo Vânia, o agrupamento tem feito ações de angariação de fundos para acelerar o processo e gerar a quantia suficiente para se realizar a transformação completa. Entre a festa da francesinha, a feira da sopa ou um torneio de futebol, os escuteiros têm feito os possíveis para dinamizar uma freguesia marcada pelo envelhecimento da população que encontra na antiga Escola de Vieite um ponto de ligação — e, por isso, segundo a informação patente na proposta ao OP, procura-se que aquele espaço sirva, também, a comunidade local.
A população abraça o projeto: “Já temos frigorífico, máquinas de café e micro-ondas, por exemplo. As pessoas têm a mais e dão para o espaço”, conta. Agora, resta esperar que o projeto arranque para que a Escola de Vieite tenha uma nova vida.
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