PCP questiona Governo sobre encerramento da Bipol e os direitos dos trabalhadores
A Bipol Fashion, empresa de confeção especializada em roupa interior, com instalações na Rua da Caldeiroa, em Urgezes, Guimarães, não recomeçou a trabalhar na segunda-feira, depois do período de férias, como estava previsto.
De acordo com informações do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, a gerência vai apresentar a empresa à insolvência e colocar 40 pessoas no desemprego, maioritariamente mulheres. Porque a empresa não cessou os contratos de trabalho, os funcionários não podem aceder ao fundo de desemprego.
O PCP, nomeadamente Torcato Ribeiro, deputado municipal, esteve na manhã desta terça-feira, dia 10 de setembro, com os trabalhadores junto às instalações da Bipol Fashion.
Na sequência desse contacto, o deputado comunista à Assembleia da Rapública, Alfredo Maia, questiona o Governo sobre os motivos do encerramento da empresa e se estão salvaguardados os direitos dos trabalhadores.
Segundo a nota enviada à comunicação social, os trabalhadores terão ainda por receber o salário do mês de agosto, alguns dias do mês corrente e o subsídio de férias. O PCP vinca ter conhecimento de trabalhadores em “situação financeira aflitiva, com muitas dificuldades em fazer face às suas despesas mais imediatas e fundamentais”.
Para o membro do Partido Comunista Português, esta “tentativa de despedimento dos trabalhadores não parece ter sido uma decisão súbita, mas antes o resultado de um processo premeditado e conduzido com o objetivo de conduzir ao fim da empresa”.
O deputado avança ainda que a empresa Bipol recorreu ao lay-off, havendo, no entanto, informações de que continuou a laborar nesse período, e que os proprietários da Bipol foram também donos de uma empresa que, no passado, funcionou nas mesmas instalações e que entrou também em insolvência. A localização da empresa é referida como “interessante para possíveis negócios imobiliários”.
Assim, o deputado, pergunta ao Governo, através do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, se conhece a situação da empresa Bipol, que avaliação faz da sua situação e quais as medidas em curso para a viabilizar. Que razões explicam as dificuldades da empresa e que medidas vai o Governo tomar para defender os postos de trabalho e direitos destes trabalhadores.
Por último, se decorre algum processo de apuramento sobre o recurso que a empresa fez ao lay-off, e se, em caso afirmativo, qual a fase do processo e que informação é possível disponibilizar.
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