Pedro Nuno Santos exige demissão de líder do PS Braga e retira apoio à sua recandidatura à Câmara de Vizela

A decisão surge após notícias divulgadas pelo Observador, na passada quinta-feira, que revelam que Victor Hugo Salgado está a ser alvo de um inquérito por suspeitas de violência doméstica. A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a GNR confirmaram a existência da investigação.

© PS Braga

O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, pediu esta segunda-feira, 21 de abril, a renúncia de Victor Hugo Salgado ao cargo de presidente da Federação Distrital de Braga do PS, na sequência de alegadas agressões à sua mulher. O líder socialista anunciou ainda que o partido não apoiará a recandidatura do autarca à presidência da Câmara Municipal de Vizela.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Partido Socialista expressou “inequívoca condenação de qualquer forma de violência doméstica” e manifestou “profunda preocupação com as informações que vieram a público”. Pedro Nuno Santos sublinhou o compromisso do PS com o combate a todas as formas de violência, lembrando que compete  à justiça “apurar os factos e assegurar a responsabilização adequada” e informou que “o Partido Socialista não apoiará a sua recandidatura à presidência da Câmara Municipal de Vizela”.

Apesar das medidas políticas, o partido destacou que o caso “se encontra em fase de inquérito” e reafirmou o respeito pelo princípio da presunção de inocência. O PS acrescentou ainda que “todas as denúncias devem ser investigadas com o máximo rigor e celeridade, garantindo justiça e proteção a quem mais precisa”.

Líder da Juventude Socialista elogia firmeza de Pedro Nuno Santos e alerta: “Perante a violência doméstica, a apatia não é admissível”

A líder da Juventude Socialista (JS), Sofia Pereira, elogiou esta segunda-feira a postura do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, face às alegadas agressões de Victor Hugo Salgado à sua mulher, considerando que a “apatia não é admissível perante a violência doméstica”.

Numa reação publicada nas redes sociais, Sofia Pereira saudou a decisão do líder socialista de pedir a renúncia do presidente da Federação de Braga do PS e de não apoiar a sua recandidatura à Câmara Municipal de Vizela. “Os direitos e a dignidade das vítimas têm de ser colocados inequivocamente acima das conveniências pessoais ou políticas de qualquer dirigente ou estrutura”, defendeu.

A dirigente da JS destacou que, tratando-se de um crime público, “nenhuma circunstância, seja política, institucional ou pessoal, pode justificar a apatia perante suspeitas tão graves”. Para Sofia Pereira, o caso de Victor Hugo Salgado “exigia uma resposta clara e coerente com os valores” que o Partido Socialista defende.

“Enquanto mulher, socialista e dirigente política, reconheço e elogio a firmeza e coerência demonstradas pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ao tomar esta decisão”, afirmou, acrescentando que essa postura “é a única correta e aceitável perante a gravidade da situação”.

A líder da JS sublinhou que este não é um caso de antecipação de julgamento, mas sim de coerência ética e política. “Não está em causa a antecipação do julgamento em tribunal mas antes saber o que aceitamos ou condenamos na política como na vida. De que lado estamos quando nos é pedido para atuar, para além dos chavões do dia-a-dia”, concluiu.

Victor Hugo Salgado, em comunicado conjunto com a mulher divulgado na sexta-feira, dia 18 de abril, considerou que as notícias configuram uma “tentativa de instrumentalização da vida privada para fins políticos”, classificando a exposição pública do caso como “alheia à vida cívica ou ao debate político”.

Victor Hugo Salgado era, até à data, recandidato pelo PS à Câmara de Vizela, que lidera desde 2017.

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