A PJ descobriu que o laboratório produzia e exportava cem quilos de cocaína por semana, quantidade avaliada em cerca de dez milhões de euros. Tratava-se de um laboratório de transformação de pasta em cloridrato de cocaína que chegava todos os dias oriunda da Colômbia através de meio aéreo. Dos quatro detidos, dois têm cidadania brasileira e dois são colombianos, e eram os responsáveis pelo funcionamento daquele laboratório 24 horas por dia.

Nas buscas, a PJ encontrou 50 quilos de cocaína, quantidade suficiente para 250 mil doses, no laboratório que estava espalhado por toda a habitação. A polícia ainda apreendeu armas de fogo, munições, um automóvel e 17 mil euros em moeda estrangeira. Além disso, o corpo policial encontrou grandes quantidades de químicos destinados à transformação, e decantadores, ventiladores e prensas para embalar o produto.

Em comunicado, o corpo policial explica que “as intensas diligências encetadas nos últimos meses permitiram à Polícia Judiciária a recolha de informação e consequente obtenção de vasta matéria probatória que culminou com a localização de uma residência sita em local rural e isolado, na freguesia de Gondomar, Guimarães, a qual servia de albergue a um laboratório de dimensões consideráveis, onde, diariamente e de forma contínua, dois indivíduos procediam ao processo de transformação de pasta de coca em produto final ilícito, apto ao consumo humano”.

Na noite da passada sexta-feira, dia 10 de novembro, foi desencadeada a operação que culminou com a detenção dos quatro indivíduos, “três em flagrante delito e um em cumprimento de mandado de detenção emitido pela Autoridade de Polícia Criminal”, como indica o comunicado da PJ.

Os detidos foram presentes ao Tribunal de Vila Nova de Famalicão, onde lhes foi decretada a medida de coação de prisão preventiva. Os quatro cidadãos estavam indiciados pelos crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa, branqueamento de capitais e detenção de arma proibida.