População faz cordão humano de protesto na igreja de Nespereira

GNR foi obrigada a identificar e constituir arguido um homem que tentou atacar os manifestantes com uma navalha.

© Rui Dias/ Mais Guimarães

Um grupo de aproximadamente 150 pessoas fez, esta tarde, um cordão humano, na escadaria de acesso à igreja paroquial de Nespereira. Em comunicado, os organizadores da manifestação dizem que “o objetivo é expor os acontecimentos recentes no Centro Social da Paróquia de Santa Eulália de Nespereira (CSN), de forma que as autoridades competentes possam investigar e tirar conclusões”. Entre a população de Nespereira há quem não concorde com a exposição negativa que este protesto está a causar à freguesia e alguns fizeram-se ouvir. Dois homens mais exaltados passaram das palavras aos atos, um tentou agredir com uma bengala as organizadoras e o outro puxou de um canivete.

Só a chegada pronta da GNR, que tinha sido avisada da manifestação, é que evitou o acontecimento de uma tragédia durante a manifestação pacífica da população que não concorda com a gestão que o padre Francisco Xavier está a fazer no Centro Social de Nespereira. Primeiro um homem tentou agredir à bengalada as organizadoras, depois juntou-se-lhe um segundo indivíduo que puxou de uma navalha. “Vou-vos chinar a todos”, gritava. À chegada da GNR, o homem procurou refúgio no interior da igreja, mas os guardas foram buscá-lo, identificaram-no e segundo informaram o MG, será constituído arguido.

As 150 pessoas que se perfilam dos dois lados da escadaria de acesso à igreja e à volta desta, de mãos dadas, preferiram não falar. No comunicado que a organização distribuiu, diz que a “manifestação não está relacionada com qualquer motivação religiosa, nem se trata de um ataque à Igreja Católica ou aos seus representantes”. O foco, dizem, “é a atual direção do CSN, que após a tomada de posse [em fevereiro], alterou procedimentos que comprometem a qualidade do atendimento aos utentes”. Mesmo assim, alguns dos que iam chegando para a missa reclamavam. “Muitos dos que aqui estão nem são da freguesia”, ouvia-se.

Os manifestantes estão “particularmente preocupados” com o fim de uma sala de pré-escola. Embora a arquidiocese já tenha justificado o encerramento com o facto de haver oferta pública para estas idades, nomeadamente na Escola de Nespereira, e de a Segurança Social não financiar esta valência. No comunicado, a organização da manifestação afirma que “muitas famílias” ficam “desamparadas” por a “decisão ter sido comunicada de forma abrupta, contrariando as garantias dadas pela anterior direção”.

Ordem dos Enfermeiros diz que há “situações que requerem atuação rápida e emergente”

Na passada quinta-feira, a Ordem dos Enfermeiros esteve no Centro Social de Nespereira, depois de profissionais que ali trabalhavam terem tornado públicos relatos de más práticas. Miguel Vasconcelos, presidente do Conselho Diretivo Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, esteve encarregado desta inspeção e afirmou que “há algumas situações que requerem atuação rápida e emergente”. Este responsável reconhece que houve abertura por parte da administração do CSN “para a resolução de alguns problemas” e adiantou que ficou agendada uma nova visita para monitorização, no dia 27 de junho.

Para a próxima segunda-feira, dia 27 de maio, está marcada uma reunião entre a direção do CSN e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

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