PORTUGAL PRECISA DE NÓS

Por Rui Armindo Freitas.

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Por Rui FreitasNo próximo domingo temos Legislativas. Finalmente! A campanha já vai longa pois todos sentimos que não foi iniciada apenas em Setembro, mas começou lá atrás, em 2015 com a posse de António Costa. Os últimos 4 anos foram anos de alguma tranquilidade no plano económico e social, fruto de um contexto internacional favorável que permitiu que algumas ilusões fossem criadas. Assim, António Costa, dos mais hábeis estrategas políticos dos nossos tempos, conseguiu calar a sua esquerda vinculando-a à sua acção governativa. Conseguiu ter paz social, desarmando os sindicatos através dos partidos que os controlam, e construir a ilusão de que tudo foi um mar de rosas. Devolveu salários e pensões e retirou-os logo a seguir sob a forma de impostos, os salário e pensões reais são hoje mais baixos do que em 2015. Prometeu devolver tempo de trabalho aos professores, mas adiou vezes sem conta. Conseguiu como ninguém pôr em causa o Sistema Nacional de Saúde, tornando insuportável o dia a dia dos hospitais com cativações. Desfez o negócio da TAP, sabendo nós o que irá voltar a custar aos portugueses. Pelo meio tem duas tragédias de responsabilidade do Estado, nos grandes incêndios de 2017. A derrocada trágica de uma estrada. E um furto de material de guerra em Tancos. Golas anti-fumo duvidosas, primos e enteados e tantos outros casos que nunca pareceram beliscar a sua imagem. No final, alegam estabilidade e que isso é uma marca da sua governação. Engana-se Costa, qualquer outro primeiro-ministro não resistiria a tanta nublosa sobre a sua governação, os verdadeiros garantes da estabilidade e tão responsáveis como este PS, são os partidos que lhe deram cobertura. Bloco, CDU e PAN, simplesmente adoptaram a postura de cordeiros, tudo aceitando desde que viesse de Costa. O que seria de um outro primeiro ministro que lhe antecedeu, se esta acção política fosse sua…

Contudo, agora os tempos são outros. A economia europeia dá sinais de travagem a fundo, o Brexit já é cada vez menos uma nuvem negra no horizonte para ser uma ameaça real que vai avisando deixar marcas profundas na economia europeia. Em Portugal não se reformou. O modelo de crescimento da economia não foi alterado, nem tão pouco pensado. A máquina do Estado, entenda-se infra-estrutura física, é hoje a mesma que no período pré Troika, apenas mais velha. O PS surge pedindo maioria, mas dificilmente a terá, porque ninguém se esqueceu do que a última maioria socialista fez a Portugal. Sim, Sócrates, o pai da Troika. O PSD surgiu tarde na arena, mas com um candidato que sobe paulatinamente nos barómetros por ser cristalino e competente, coisa rara na política dos dias de hoje. Vaticino que irá ter um resultado melhor do que se pensava, assim como me atrevo adivinhar que a próxima legislatura não cumprirá os 4 anos. No cenário local, Guimarães, no que ao PSD diz respeito, temos representação de peso, com dois nomes fortes, ligados à terra e que, uma vez em Lisboa jamais se esquecerão de onde saíram. André Coelho Lima e Emídio Guerreiro são dois nomes, um estreante outro com provas dadas no parlamento, que estou certo serão um exemplo de trabalho pela nossa terra.

Disputam também estas eleições uma miríade de outros novos partidos, uns patéticos, outros com ideias novas, frescas e cheios de conteúdo. Desafio o leitor a conhecer melhor todos os que se apresentam às urnas, pois se uns nem valem o papel que gastam para o próprio panfleto, outros terão seguramente uma palavra a dizer no futuro democrático de Portugal.

Seja como for, no próximo domingo vamos todos cumprir o nosso dever, porque Portugal precisa de nós.

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