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Praias fluviais voltam a ser alternativa nos dias em que o calor aperta

Popularidade destes locais tem aumentando.

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Em plena tarde de verão de segunda-feira, eram dezenas as pessoas que se encontravam a banhos na margem ribeirinha do Ave. Não é novidade que as praias fluviais sempre foram uma alternativa aos dias de calor, mas a popularidade destes locais tem aumentando significativamente nos últimos anos, devido aos investimentos realizados no melhoramento dos espaços.

 © Mais Guimarães

O Parque de Lazer da Praia Seca, na vila das Taipas, não é exceção. A requalificação levada a cabo há cerca de dois anos veio conquistar novamente aqueles que há mais de vinte anos eram presença assídua nesta praia, mas também novos banhistas.

Joaquim Capucho é um dos turistas que acabava de descobrir a Praia Seca. Naquela altura, falava-nos das primeiras impressões: “Foram muito boas. A água está agradável e é um bom refúgio para o calor. Estou a adorar e penso voltar cá”. Natural de Lisboa, a viver em França, contou ainda que pretende visitar outros “tesouros” do Norte, como por exemplo o Gerês.

 © Mais Guimarães

Pelo contrário, para Eva Duarte, a atual Praia Seca já não tem segredos. Residente nas Taipas, foi lá que passou a sua juventude. Reconhecendo que ouve um desinvestimento no espaço durante alguns anos, nunca deixou de frequentar o espaço e reconhece que agora está mais convidativo.

“Tenho notado um grande aumento de pessoas ca, nomeadamente na primeira quinzena do mês”, referiu, acrescentando que “o fluxo de pessoas está igual a antigamente”, aquando dos seus 14 anos.

 © Mais Guimarães

Nuno Martins, Tomás e Daniel Almeida aproveitam as últimas tardes de agosto para porem os mergulhos em dia, antes de regressarem a mais um ano lectivo.

“É um sítio bom para relaxar. Tem água, tem sombras, dá para jogar futebol”, disseram, acrescentando que “as pedras no rio seria algo a melhorar”.

A entrada gratuita, a limpeza do espaço, as sombras e o baixo caudal é o que mais atrai a população ao Parque de Lazer da Praia Seca, que agora também está equipada com um bar, mesas e churrasqueiras.

A requalificação do espaço decorreu em várias fases, numa obra que juntou o município de Guimarães e Junta de Freguesia das Taipas. A primeira fase foi inaugurada em outubro de 2019.

 © Mais Guimarães

Nesse ano, foram melhorados os acessos e o espaço foi dotado de novas condições: grelhadores, lavatórios e mesas. Já nessa altura, Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia, admitia que “faltavam cosias” tais a falta de equipamentos de apoio, como sanitários, “que estavam previstos” no projeto inicial, mas o licenciamento não foi conseguido a tempo.

Meio ano mais tarde, em abril de 2021 foi na anunciada a ampliação de zonas de lazer e construção de zonas desportivas, bem como a finalização a ligação do passeio/ciclovia da rua do Tojal ao parque de lazer.

Foi ainda anunciada a melhoria das as condições do bar e das instalações sanitárias que ficariam numa zona elevada, podendo assim funcionar todo o ano e não só na época balnear.

Praias fluviais na rota da certificação

Atualmente, nenhuma praia fluvial do concelho de Guimarães está certificada com a Bandeira Azul.

Em entrevista ao Mais Guimarães, a propósito da oferta turística para os meses de verão, Paulo Lopes Silva garantiu queestá na altura de começar a classificar as praias fluviais para que “possam ser reconhecidas como tal”.

Além disso, o vereador do Turismo e da Cultura na Câmara Municipal de Guimarães enalteceu ainda a necessidade de pensar nas praias fluviais como “um ecossistema, com a interligação delas com as margens de rios e as ecovias que estão a começar a nascer, na ligação com os caminhos pedonais e caminhos cicláveis, exatamente nesta lógica do turismo de natureza, do turismo sustentável, do turismo verde, muito valioso para quem procura este tipo de destino alternativo”.

Destacando ainda que “durante muitos anos estivemos enquanto cidadãos de costas voltadas para o rio”, e que essa sempre foi uma preocupação do município, Paulo Lopes Silva alertou ainda que enquanto cidadãos devemos ser “os primeiros agentes de defesa”, “os primeiros a cuidar, a gostar do rio” e a fazer a proteção necessária.

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