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Professores “em luta por uma escola pública para todos”

Pelo país, vários são os professores que se têm manifestado desde a passada sexta-feira. Uma greve convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP) e que se prolonga até sexta-feira, cumprindo o pré aviso de greve interposto.

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Pelo país, vários são os professores que se têm manifestado desde a passada sexta-feira. Uma greve convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP) e que se prolonga até sexta-feira, cumprindo o pré aviso de greve interposto.

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Na escola secundária Francisco de Holanda, esta manhã, foram vários os professores que se juntaram a esta luta. Mas, desde dia 9 de dezembro, houve outras iniciativas, nomeadamente iniciativas individuais, coletivas de organização de docentes, recolha de reinvindicações, e organização de iniciativas com outras escolas do concelho.

“As maiores iniciativas têm sido greves individuais”, disse Sandra Machado, professora da escola, que explicou que “cada colega faz greve nos dias em que causa mais impacto e tem mais tempo letivos”. “Obviamente, uma greve tem que causar impacto”, lembrou referindo que esta o está a ter, também, porque mobilizaram os alunos, e, através deles, conseguem comunicar com a sociedade.

Os professores, garante Sandra Machado, defendem “a qualidade da escola pública”, uma escola que “precisa de ter professores com habilitações, mas com muito mais: com capacidade de intervenção e participação na sociedade, com capacidade para participar em projetos, de fazer formação”. Para isso, reitera, precisam de “horários adequados” pois faz parte do seu trabalho “produzir conhecimento e passar esse conhecimento aos alunos”.

Frisando que as reivindicações “são antigas”, a docente explica que estas se prendem “com a imagem social dos professores e da escola pública”. Sob o lema “uma escola pública para todos”, destacam a vontade de “esbater as desigualdades sociais”.

“Neste último ano temos visto uma redução salarial impactante, um estatuto da carreira docente que durante anos não foi cumprido, nomeadamente a contabilização de tempo de serviço para uma progressão justa e igualitária na carreira”, enumerou mostrando-se “muito apreensiva com as mudanças que se avizinham para o estatuto da carreira docente, nomeadamente para a contratação dos professores e para o impacto que poderá ter na liberdade e autonomia pedagógica”.

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