Já é conhecido o projeto de arquitetura da Escola-Hotel do IPCA

No início da Reunião de Câmara de segunda-feira, 11 de janeiro, o Presidente da Câmara, Domingos Bragança, solicitou ao gabinete de arquitetura responsável pela realização do projeto da futura Escola-Hotel do Instituto Politécnico da Cávado e do Ave uma apresentação síntese de como será reabilitado um espaço de grande valor patrimonial e histórico para Guimarães.

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Filipe Vilas Boas e Pedro Vinagreiro, da Workbook, gabinete de arquitetura responsável pela realização do projeto da futura Escola-Hotel do Instituto Politécnico da Cávado e do Ave, destacam os cuidados na reabilitação do edifício da Quinta do Costeado já existente, que funcionará como Escola-Hotel, e a construção de um edifício novo, que será utilizado como escola de hotelaria. O projeto de arquitetura teve um custo de 298 mil euros. A Escola-Hotel do IPCA poderá receber até 1500 alunos.

Segundo Domingos Bragança, se tudo correr sem percalços, espera-se que o lançamento a concurso da obra possa avançar nestes primeiros meses de 2021 e a sua execução começar até ao final do ano. “Ainda não sabemos o valor final do custo da obra, seguramente superior a 5 milhões de euros, pois faltam ainda os projetos de especialidade. Nem sabemos o prazo de conclusão. Sabemos sim que o que fazemos pode demorar tempo, mas será feito com qualidade”, disse o Presidente da Câmara Municipal.




No início da Reunião de Câmara desta segunda-feira, 11 de janeiro, e a convite do executivo municipal, Filipe Vilas Boas e Pedro Vinagreiro, fizeram uma apresentação síntese de como acontecerá a reabilitação da Quinta do Costeado, na Cruz de Pedra, um espaço que se pretende seja um elo de ligação entre a cidade e a área onde está instalado o Multiusos de Guimarães e a Cidade Desportiva. A apresentação contou também com a presença de Maria José Fernandes e Agostinho Silva, respetivamente presidente e vice-presidente do IPCA.

Para Filipe Vilas Boas, o projeto foi elaborado seguindo os “princípios de sustentabilidade ambiental na construção dos novos espaços e preocupações de teor patrimonial na recuperação das pré-existências. Trata-se de um projeto de arquitetura focado na reabilitação, refuncionalização e ampliação da Quinta do Costeado com base na “simplicidade, conforto, contemporaneidade e sustentabilidade”, disse o arquiteto vimaranense.

A Casa Senhorial existente será recuperada para funcionar como Escola-Hotel, com um conjunto de quartos reduzido que albergará hóspedes e que terá como único objetivo a colocação em prática dos conhecimentos adquiridos durante os cursos que serão ministrados pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave naquele espaço. Na zona das antigas adega e cavalariça, será instalado uma cozinha com o mesmo intuito.




O novo espaço a ser construído, e que terá como função a vertente pedagógica, terá 5 pisos (sendo um deles subterrâneo). Aí ficarão instaladas valências como salas de aula, salas de professores, laboratórios, cozinha, cafetaria, cantina, auditório, serviços administrativos, entre outras. Serão utilizados materiais de baixo custo de manutenção, como a madeira lamelada e o acabamento cerâmico das partes exteriores. O edifício terá ainda uma esplanada voltada a poente e, no último piso, uma cobertura que se pretende como espaço verde. Haverá ainda um conjunto de pátios que se projetam numa estrutura de vidro aberta, para aproveitamento da luz natural. A possibilidade de ligação à ciclovia e a percursos pedonais está equacionada também no projeto, bem como a utilização de uma área ao ar livre para a realização de eventos, coabitando e integrando-se nas zonas verdes pré-existentes.

Na sua intervenção, Domingos Bragança, Presidente da Câmara, lembrou e expressou um agradecimento a João Carvalho, anterior presidente do IPCA, pelo facto de ter “acreditado e lutado pelo projeto”, bem como ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, por ter apoiado a instalação da Escola-Hotel em Guimarães. “Este investimento, que será elevado, dará corpo a um projeto estratégico para Guimarães e para a região, e será uma enorme mais-valia para a rede de restaurantes e hotéis da região Norte do país”, frisou.

André Coelho Lima, vereador do PSD, intervindo sobre este assunto, felicitou os arquitetos, considerando o projeto “atraente e bonito”, capaz de oferecer àquela ampla zona da cidade uma utilidade que atualmente não tem. Questionou ainda o executivo sobre a perspetiva orçamental da obra, “o valor da aposta que Guimarães ali fará, versus o número de alunos que poderá receber e que esperamos possam até ficar a viver em Guimarães após cursarem na Escola Hotel.” Por último, lembrou a existência de um restaurante com estrela Michelin em Guimarães, podendo este facto configurar “um desafio adicional” e uma “aposta estratégica de Guimarães, que nos parece fazer sentido”, disse André Coelho Lima.

“Teremos uma oferta ao nível das licenciaturas, mestrados, cursos técnico-profissionais e, futuramente, doutoramentos, num projeto educativo que poderá trazer para Guimarães um número próximo dos 1500 alunos”

Maria José Fernandes, Presidente do IPCA

Maria José Fernandes, presidente do IPCA, referiu ser o projeto da Escola-Hotel “uma obra estratégica para a instituição e para Guimarães” e mostrou a sua convicção no sucesso do projeto educativo. “O nosso compromisso é fazer da Escola-Hotel uma escola de referência a nível internacional. Teremos uma oferta ao nível das licenciaturas, mestrados, cursos técnico-profissionais e, futuramente, doutoramentos, num projeto educativo que poderá trazer para Guimarães um número próximo dos 1500 alunos”, disse. Maria José Fernandes agradeceu o apoio da Câmara Municipal e a colaboração da equipa de projeto de arquitetura no que acredita ser “uma obra estruturante para Guimarães”.

Na conferência de imprensa final, aos jornalistas, o Presidente da Câmara foi mais detalhado nas suas declarações, destacando os princípios de sustentabilidade ambiental subjacentes ao projeto de arquitetura, e outros dois eixos importantes da Escola-Hotel. “Este projeto da Escola-Hotel do IPCA é fundamental para a ciência e conhecimento, atuando em áreas como a nutrição, turismo, restauração e hotelaria, mas também para o projeto de reabilitação urbana em curso, pois acrescenta cidade à cidade e dialogará com a sua envolvente, nomeadamente com os fornos da Cruz de Pedra e com o projeto urbanístico da zona”, referiu Domingos Bragança.

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