PROTEGER A PAISAGEM DA PENHA PARA PRESERVAR A VIDA QUE POR LÁ SE ENCONTRA
A candidatura integra-se, legal e estrategicamente, numa série de planos de âmbito nacional e local para a conservação da natureza, como o Guimarães 2030 ou a ENCB 2030 (Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade).
O município vai submeter uma candidatura da Montanha da Penha a paisagem protegida local. Estudo da Floradata aponta para um “património geológico muito relevante”, para além das centenas de espécies de flora e fauna encontradas.
Foram apresentados, na manhã desta quinta-feira, antes do arranque da reunião do executivo municipal, os principais resultados de um “estudo exaustivo” pela empresa Floradata, cujo objetivo é submeter uma candidatura da área montanha da Penha a área de paisagem protegida local, que representa um total de 350 hectares. O relatório, apresentado pelo engenheiro David Fernandes, resulta de um “ponto de situação de um trabalho complexo”, disse o especialista, que realçou a “interação harmoniosa entre o ser humano e a natureza” naquela área. A vereadora responsável pela pasta do ambiente, Sofia Ferreira, sublinhou depois que essa relação é um dos requisitos para a candidatura ao ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas).
Segundo David Fernandes, houve três pontos de análise no estudo, sendo estes os valores naturais, que incluem a flora, vegetação e habitats, fauna, geologia e geomorfologia, a paisagem e os valores culturais. Quanto aos valores naturais, foram encontradas, na Penha, 321 espécies de flora, sendo que 31 dessas são espécies exóticas, “na sua maioria invasoras”.
Já relativamente à fauna, o especialista apontou para as 123 espécies, sendo que 77 delas foram confirmadas — relativamente às restantes, há “grande probabilidade” de serem encontradas. Estes números representam 33% do total de espécies presentes em Portugal para os grupos existentes na Penha (aves, mamíferos, anfíbios e répteis). Por isso, salientou David Fernandes, esta “diversidade” é relevante numa área “sem rio ou lagos” e tendo em conta a “área reduzida” em que o estudo foi levado a cabo. No que diz respeito à geologia e morfologia daquela área, o especialista indicou que a Penha era composta, essencialmente, por rochas graníticas, cuja dimensão é “de destacar”, havendo um “património geológico muito relevante e interessante”.
Quanto às bacias visuais dos miradouros da Penha, a análise concluiu que existem três unidades paisagísticas num igual número de pontos que integram elementos das regiões do Vale do Ave, Minho Interior e Baixo Tâmega e Sousa.
A candidatura integra-se, legal e estrategicamente, numa série de planos de âmbito nacional e local para a conservação da natureza, como o Guimarães 2030 ou a ENCB 2030 (Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade). A paisagem protegida local da montanha da Penha ocupa a área de diversas freguesias do concelho: no que diz respeito à Costa, representa 52% do território, seguindo-se-lhe Abação e Gémeos (12%). A candidatura tem ambições futuras, uma vez que o objetivo é integrar a Penha na rede nacional de áreas protegidas.
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