Que regime construímos nestas cinco décadas?

Obrigado aos que sonharam abril.

© Eliseu Sampaio

Neste dia 25 de abril celebramos 50 anos da Revolução e da queda do Estado Novo. É motivo para festejarmos e agradecermos pela liberdade e pelas oportunidades que esse momento nos ofereceu, e ainda oferece. O poder escrever estas linhas, sem temer por um ato de censura é um dos exemplos.

No entanto, e agradecendo novamente a todos os que permitiram essa libertação, é tempo, e mais que tempo, 50 anos depois, para olharmos para o que abril representa hoje. Para a liberdade, a fraternidade, a igualdade, e a democracia em que vivemos hoje. Que regime fomos capazes de construir nestas cinco décadas?

Estamos claramente melhor que em 1973, mas muito longe do que poderíamos estar 50 anos depois.

Tudo na vida é cíclico! Muitos temem, por esta altura, a transformação política que ocorre em Portugal, por essa Europa e pelo mundo. Ela está aí, de facto, mas deve-se sobretudo ao caminho que se trilhou, da criação de elites pensantes que se distanciaram do povo que agora lhes vira as costas.

O povo, o povo que vota, o povo que elege, o povo que, no fundo tem o poder nas mãos, nem sempre foi respeitado.
A revolução tem de continuar, os ideais de abril têm de estar sempre em cima da mesa e as pessoas perceberem que os líderes, quem os representa, deles bebe e deles se sacia. E só deles!

“O 25 de abril não pode ser uma peça de museu”, a citação que trazemos à capa do Jornal, de Vitorino d` Almeida, surge a despertar-nos para a necessidade de olharmos em redor, quando permanecemos boquiabertos, a apreciar, imobilizados, o que ocorreu lá atrás, há 50 anos.

Até porque, 50 anos, é muito tempo!

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