Queda de muro deve-se à “incompetência dos serviços da Câmara” diz moradora

O muro de uma habitação na freguesia de Aldão ruiu em consequência das fortes chuvas que se fizeram sentir em Guimarães na passada quarta-feira, dia 11 de outubro, bem como parte do logradouro.

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Segundo a moradora da habitação, Conceição Silva, a queda do muro “foi resultado das chuvas de terça e quarta-feira”, motivado pelas “águas pluviais que convergem naquele ponto”. Conceição Silva, que mora naquela habitação há 25 anos, contou que a água que passava na zona pública “parecia um rio, desabou parte do meu muro e entrou em parte da casa do vizinho, danificando a piscina”. Apesar de tudo, a Proteção Civil assegurou à moradora que a casa não se encontra em risco de queda.

Com fortes chuvas, a água tem vindo a “circular livremente, formando rios, como no ano passado e este ano. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães tem conhecimento mas até agora, apesar da insistência, ninguém diz nada e os danos visivelmente estão a piorar . Deixaram de se fazer convívios de família e os netos nem podem vir a casa”, contou Conceição Silva.

A vimaranense aponta o sucedido “à incompetência dos serviços da câmara”. “As águas são livres, o engenheiro deve saber o risco que há destas águas e se há uma fuga no seu circuito natural. Disseram-me que a água não sai por um tubo que devia sair, porque rebentou antes e vem cá ter”, acrescentou.

Conceição Silva contou que “parte de um muro desabou há cerca de um ano. Eu já venho a alertar a Câmara Municipal para o problema das águas pluviais.” A moradora referiu que já comunicou a situação ao Município de Guimarães, à Junta de Freguesia de Aldão e à Proteção Civil, e que as entidades responderam que estão a acompanhar o sucedido. “A câmara sendo responsável pelas águas pluviais, tem a responsabilidade de resolver o problema”, rematou a moradora.

O presidente da Junta de Freguesia de Aldão, Martinho Fernandes, explicou que, além da habitação, a rua 24 de junho também sofre constrangimentos, motivados pela derrocada de terra e detritos do monte em questão. “As águas não vêm pelas condutas normais. A terra que vem da zona do muro da casa entope a zona de escoamento e as águas correm a céu aberto”, realçou.

Martinho Fernandes explicou, ainda, que “todos os detritos que vêm da terra, do muro e do passeio, vão parar à estrada. Se estas terras todas caem no piso, temos uma estrada nova que pode já ter problemas no seu inicio”.

O autarca percebeu que as cheias em Aldão resultaram da “sobrecarga de água que vem daquela zona e vai parar à rua 24 de junho”. “Os serviços de limpeza, durante as cheias, tiraram dois camiões de terras na zona abaixo do monte, que tem vindo do muro”, referiu o presidente da freguesia.

Além do terreno privado, que pertence a Conceição Silva, Martinho Fernandes alertou para “as infraestruturas da Junta de Freguesia, que estão ser prejudicadas por isso. É uma situação que tem que se resolver, porque sempre que chove mais, temos este problema.”

O presidente da Junta de Freguesia de Aldão contou que, antes da construção de habitações na zona, havia fossas, e era preciso haver um acesso para que fosse possível esvaziá-las. Com a construção das casas, foi feita a ligação ao saneamento, mas ficou um caminho público entre as duas casas.

Em contacto com a Câmara Municipal de Guimarães, Martinho Fernandes percebeu que a situação está a ser acompanhada e analisada pelos serviços.

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