RAÇA E CORAÇÃO VALEM RECUPERAÇÃO HISTÓRICA EM 15 MINUTOS

O Vitória conseguiu em apenas um quarto de hora anular uma desvantagem de três golos perante o Sporting, repetindo, 73 anos depois, um feito alcançado em fevereiro de 1943, num encontro com o Unidos de Lisboa.

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O êxtase gerado pelo cabeceamento certeiro de Soares a um minuto dos 90 arrisca-se a entrar para a galeria dos momentos inesquecíveis na memória vitoriana. A equipa recuperou três golos em apenas um quarto de hora e garantiu um ponto num jogo em que, durante grande parte, foi superada pelos leões.O cronómetro marcava 73 minutos, e o Vitória perdia por 3-0 frente ao Sporting, numa partida em que o ascendente sempre fora verde e branco. À entrada para o último quarto de hora, o marcador registava um 3-2. Marega aproveitou a grande penalidade de William Carvalho sobre Hernâni para liderar o despertar de uma equipa até aí letárgica e reduziu na conversão do castigo máximo, aos 74. No minuto seguinte, ao responder a um cruzamento de João Aurélio com uma finalização indefensável para Rui Patrício.

As entradas do lateral-direito ex-Nacional para a zona intermédia, e, depois, de Raphinha, permitiram ao conjunto equipado de branco  partir, com muito futebol direto e disponibilidade física, em busca do empate, empurrando o Sporting para a sua grande área.

O ansiado tento chegaria a um minuto dos 90, quando Raphinha cobrou um livre na esquerda em direção ao segundo poste, e Soares, depois de ter empurrado Schelotto, ganhou espaço para cabecear para o fundo da baliza, provocando uma erupção inimaginável poucos minutos antes.

Os minutos anteriores a uma recuperação que já não acontecia desde 1942/43, quando o Vitória anulou três golos de desvantagem na receção aos Unidos de Lisboa, para empatar o jogo a quatro, apresentam duas histórias diferentes.

A primeira prolongou-se desde o apito inicial até por volta dos 20 minutos. Sem Rafael Miranda, Pedro Martins colocou no meio-campo o estreante Prince, e a equipa baseou o seu jogo ofensivo em bolas longas na tentativa de encontrar Hernâni ou Marega com espaço nas costas da defesa da turma de Alvalade, que procurava trocar a bola até fazê-la chegar às alas para gerar desequilíbrios na retaguarda vitoriana.

O Vitória quase foi bem sucedido aos 13 minutos, quando Josué lançou Marega em profundidade, e o maliano isolou-se perante Rui Patrício, mas falhou a receção, atrapalhou-se com a bola, e o lance perdeu-se.

A partir dos 20 minutos, sensivelmente, Gelson Martins emergiu como protagonista, tendo estado na origem do golo inaugural, quando desequilibrou pela zona central e rematou para defesa incompleta de Douglas, que Markovic, rápido a reagir, agradeceu para fazer abanar as redes.

O domínio leonino, assente na capacidade de progressão com bola dos jogadores do ‘miolo’ e da qualidade técnica de Gelson e de Bryan Ruiz, prolongar-se-ia até aos 70 minutos de jogo com algumas ocasiões para marcar, embora o golo de cabeça de Coates e o tento de Elias, num remate de fora da área, tenham surgido sobretudo por demérito de Douglas.

Pelo meio, aos 61 minutos, ficou ainda um penálti por assinalar a favor do Vitória, após carga de Rúben Semedo sobre Marega.

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