Foi aprovado, na reunião do executivo municipal, a abertura de um procedimento concursal para o restauro da Ponte do Soeiro, na vila de Serzedelo, com repartição de encargos e compromissos plurianuais.

Com um valor base de cerca de 479 mil euros + IVA, foi proposto o ajustamento aos valores anuais dos
compromissos plurianuais de acordo com a proposta que vier a ser adjudicada, até um máximo de 20%.
Aquando da aprovação da proposta, Hugo Ribeiro lembrou que a Ponte do Soeiro “precisa de intervenção profunda” e que o valor mencionado lhe parece pouco, tendo em vista o estado de degradação em que se encontra. Apesar de congratular o município pela decisão de executar intervenção, lembrou que a população já espera “há décadas”.
Na sus resposta, Domingos Bragança reiterou que “não faz obras só por fazer” e que, nestes casos, “menos é mais”. Assim, adiantou que a Ponte do Soeiro foi sujeita a estudos científicos de pormenor pela equipa de História e Investigação da Universidade do Minho e que a ponte em questão tem classificação de interesse patrimonial.
“O problema aqui é que se demoram 10 ou 20 anos a fazer uma obra bem feita e, nesse decurso de tempo, as pessoas não usufruíram dos equipamentos. Acho que efetivamente se deve ponderar entre fazer a coisa bem feita, mesmo que demore 10 ou 15 anos, ou se fazer a coisa adequada à circunstância, dentro da qualidade que necessita, mas que as pessoas usufruam dela”, frisou o social-democrata, em declarações aos jornalistas.
Por sua vez, Domingos Bragança reiterou a importância do projeto de intervenção e requalificação, que já está concluído, e que permitirá que a “autenticidade da Ponte do Soeiro seja mantida”.
Com a esperança que alguma das empresas concorrentes “desçam um pouco do valor base”, o edil vimaranense vincou que, ao contrário de Hugo Ribeiro, considera que 500 mil euros é um valor muito aceitável para a obra, mas reconhece que “pode ser surpreendido, uma vez que passamos tempos difíceis”.