Ronda da Lapinha percorre Guimarães este domingo numa manifestação de fé com mais de 400 anos

Neste domingo, Guimarães volta a realizar uma das mais emblemáticas expressões de fé popular da região: a Ronda da Lapinha. Com mais de quatro séculos de história, esta tradição religiosa única volta a mobilizar milhares de fiéis e curiosos num percurso de 21 quilómetros que atravessa 14 freguesias do concelho.

© Mais Guimarães

Este ano, a edição da Ronda decorre sob o lema «Com Maria, Mãe do caminho, peregrinamos na esperança», reforçando o caráter espiritual e simbólico desta peregrinação que une gerações e comunidades em torno da figura de Nossa Senhora da Lapinha.

A Ronda da Lapinha é uma das mais antigas manifestações religiosas do concelho de Guimarães, marcada por um percurso extenso que, ao longo de várias horas, envolve momentos de oração, cânticos e devoção. Ao longo dos séculos, a procissão transformou-se num património cultural e espiritual enraizado no coração dos vimaranenses, sendo também um dos momentos mais aguardados do calendário religioso local.

As celebrações deste ano começaram no passado dia 6 de junho com a realização das tradicionais novenas, que decorreram diariamente no Santuário da Lapinha, preparando espiritualmente os fiéis para esta jornada.

Este domingo, a programação começou bem cedo com a celebração de missas no Santuário às 07hoo e 08h00. Pelas 10h30 há eucaristia solene, e às 13h00 o início da peregrinação, com saída do Santuário da Lapinha em direção ao centro histórico de Guimarães.

Durante a tarde, o cortejo chegará à Colegiada da Oliveira, no coração da cidade, por volta das 16h00. Após uma breve paragem para oração, a procissão será retomada pelas 17h30, regressando ao Santuário. A chegada está prevista para cerca das 20h30, encerrando o percurso com momentos de devoção e cânticos marianos.

Ao longo do trajeto, centenas de fiéis acompanharão a imagem de Nossa Senhora da Lapinha, envergando trajes tradicionais e entoando cânticos religiosos. Muitas famílias abrem as portas das suas casas, decoram janelas e varandas e prestam homenagem à passagem da procissão. A atmosfera é de recolhimento, mas também de comunhão e celebração, numa jornada que é simultaneamente física e espiritual.

Este domingo, os vimaranenses voltam a sair à rua para acompanhar este símbolo de devoção que atravessa os tempos.

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