SÉRGIO CASTRO ROCHA: “TRABALHAR EM PROL DO BEM COMUM É UMA DAS MINHAS PAIXÕES”

Sérgio Castro Rocha completa dois anos na presidência da Vitrus, empresa municipal que faz a gestão de resíduos urbanos e limpeza pública e a promoção, gestão e fiscalização do estacionamento público urbano. No balanço deste tempo na empresa, dá-nos a conhecer o trabalho realizado. Inevitavelmente, iniciamos a nossa conversa por Ponte, a vila que preside desde 2013 e à qual incutiu uma dinâmica "nunca antes vista no nosso território".

sergio barra

Sérgio Castro Rocha completa dois anos na presidência da Vitrus, empresa municipal que faz a gestão de resíduos urbanos e limpeza pública e a promoção, gestão e fiscalização do estacionamento público urbano. No balanço deste tempo na empresa, dá-nos a conhecer o trabalho realizado. Inevitavelmente, iniciamos a nossa conversa por Ponte, a vila que preside desde 2013 e à qual incutiu uma dinâmica “nunca antes vista no nosso território”.

© João Bastos/ Mais Guimarães

Sérgio Castro Rocha tem 44 anos, define-se como uma pessoa que gosta de ajudar o próximo, que é o que o faz “verdadeiramente feliz”. Um homem de família, que considera como prioridade, casado e pai de uma menina de 15 anos. Nasceu em França e, com 10 anos, veio para Portugal com os seus pais. É licenciado em Direito no Porto, tendo um Diploma de Estudos Avançados (DEA) em Direito Público, obtido em Santiago de Compostela. Em termos profissionais, é advogado desde 2001. É presidente da Junta de Freguesia de Ponte, a Vila “que não para”.

Como chega à Presidência da Junta de Freguesia de Ponte?

Em 2009, e depois de ter conseguido a minha estabilidade profissional, decidi que seria o momento certo, como filho desta terra, de fazer alguma coisa para mudar esse paradigma. Quem me conhece sabe perfeitamente que uma das minhas grandes paixões é a Vila de Ponte, e a minha cidade, Guimarães. Dito isto, qual a melhor forma de a servir do que presidir os seus destinos? Foi com esse desígnio e com espírito de missão que me apresentei aos habitantes de Ponte quando me candidatei às eleições. Felizmente, mereci de forma reiterada a sua confiança. É um grande orgulho ser Presidente desta Vila e ter obtido a maior votação do concelho de Guimarães nas últimas eleições autárquicas, mesmo existindo freguesias ou vilas com muitos mais eleitores. Tenho que agradecer essa confiança e é exatamente isso que me dá força para continuar a fazer sempre mais e melhor.

Que balanço faz destes anos na Freguesia de Ponte?

Francamente positivo. Tão ou mais importante que as grandes obras é o dinamismo existente na Vila, nunca antes visto no nosso território. Temos organizado imensas atividades, sempre a pensar no bem-estar dos nossos concidadãos. Sinto que neste momento as pessoas afirmam que “são de Ponte” com grande orgulho, porque sentem a sua vila como nunca e sabem que tudo está a ser feito para termos cada vez melhor qualidade de vida. Efetivamente, Ponte está na “moda”. Aproveito também para agradecer à equipa que me tem acompanhado nesta missão. São mesmo extraordinários. Sem eles, era impossível conseguirmos o que foi feito durante estes anos e certamente o que iremos continuar a fazer, até porque “não pode parar”.

O que destaca na atividade da Junta de Freguesia?

Apesar de já termos concretizado inúmeros projetos relevantes, materiais e imateriais, destaco uma iniciativa social que permite apoiar quem mais precisa e que nos enche de orgulho, que é a nossa “Loja Social de Ponte”. Apoiamos a população com mais dificuldades, através do pagamento de despesas (medicamentos, água, luz, gás, etc), disponibilizamos alimentos, roupa, brinquedos, entre outros. Estas ajudas só são possíveis, fruto da doação mensal dos “salários” de todo o Executivo da Junta de Freguesia e dos membros da Assembleia de Freguesia, montante que já ultrapassou os 50 mil euros. Quem está na causa pública não se pode sentir bem se algum dos cidadãos que representa passar, por exemplo, necessidades que levam a que não se alimente devidamente. Estes casos, garantidamente, não existem em Ponte, pelo menos que seja do nosso conhecimento! Também destaco inúmeros eventos onde aliamos a cultura, a tradição, o convívio e o desporto. Entre eles, como não poderia deixar de ser, a confraternização de Ponte a S. Torcato em bicicleta, que é uma iniciativa que tem crescido todos os anos e que já é o maior evento de bicicleta do concelho de Guimarães. Poderia destacar dezenas largas de obras que contribuíram significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos, mas elas já são do conhecimento público e já são passado. Temos de olhar, agora, para o futuro. O nosso lema é trabalhar deste o primeiro dia de forma muito afincada e em equipa, por forma a conseguir o maior número de obras, sejam elas de maior ou menor dimensão. Assim aconteceu no mandato anterior e assim está a acontecer presentemente. Veja-se, por exemplo, que neste momento estão a decorrer sete empreitadas em simultâneo na vila de Ponte, como seja, a requalificação integral da rua dos Moinhos, a requalificação da rua da Subdevesa, a requalificação da Travessa do Talho, a construção de um Parque Multiusos (Lazer, infantil, fitness, estacionamento, etc) junto ao Parque Industrial, a requalificação da rua Emílio Castelar Guimarães, a colocação da rede de gás natural na rua dos Tojais, a requalificação da secretaria da Junta de Freguesia de Ponte, isto sem esquecer a enorme requalificação que o Clube Operário de Campelos está a levar a cabo no seu Campo de Jogos, que passou pela colocação de relva sintética e obras nos balneários (entre outros).

© João Bastos/ Mais Guimarães

Que projetos pretende ainda concretizar em Ponte nos próximos anos?

A obra de maior envergadura é a Vila Desportiva que vai colocar Ponte num patamar claramente superior a nível desportivo. Pretendemos também avançar com a construção da tão ansiada Avenida Tojais/Igreja, bem como a construção da rotunda do Parque Industrial, a ligação pedonal dos nossos Parques de Lazer (Ínsua e de Ponte) que irá passar por uma passagem subterrânea sob a EN101, a construção da ecovia junto à margem do rio Ave, desde o Pontilhão à Praia Seca, entre muitos outros. Bem sei que é um conjunto de obras extremamente ambiciosas, mas quem me conhece sabe que não sou pessoa de desistir e que estamos a trabalhar para que sejam uma realidade. E vão sê-lo.

A sua mudança nas eleições de 2017, passando a ter o apoio do Partido Socialista, foi positiva?

Já tive a oportunidade de o dizer por diversas vezes: algumas pessoas mudam de partido em defesa dos seus princípios. Outros mudam de princípios em defesa do seu partido. E ainda há outras pessoas, que é o meu caso, que não tendo partido, pois sou independente, que mudou por uma pessoa, como seja, por Domingos Bragança. Estar ao lado de um Presidente de Câmara que apoia genuinamente todas as freguesias e vilas do concelho de Guimarães era o mínimo que poderia fazer. Domingos Bragança, por tudo quanto tem feito, ficará na história deste concelho como sendo o melhor Presidente de sempre. Considero que na política, mais importante que os partidos, são as pessoas, sendo que o meu grande objetivo é continuar a servir Ponte e, por inerência, Guimarães. Tenho a certeza que as pessoas perceberam a mudança, como se comprova pelo resultado das últimas eleições autárquicas e pelo feedback diário que vou tendo no contacto com os meus concidadãos.

A população está a beneficiar dessa mudança? Considera que era uma opção necessária?

No que à mudança diz respeito, julgo que a população não está minimamente preocupada com isso. O que querem é que a vila de Ponte continue a progredir. Eu estaria ao lado deste Presidente de Câmara estivesse ele no partido que estivesse. E, caso não existisse qualquer mudança, não tenho dúvidas que fruto da grande relação de amizade que tenho com ele, e por saber que ele efetivamente se preocupa e gosta genuinamente de todas as freguesias e vilas do concelho, tudo seria igual. Mas decidi estar ao lado do homem, da pessoa, do seu projeto, e assim continuarmos a trilhar um caminho lado a lado de sucesso para as nossas pessoas.

© João Bastos/ Mais Guimarães


Como chega ao Conselho de Administração da VITRUS?

Sensivelmente uma semana depois das eleições autárquicas de 2017, fui convidado por Domingos Bragança para Presidir ao Conselho de Administração da VITRUS. Confesso que fiquei surpreendido pelo convite, mas acabei por aceitar não só por ser um cargo não remunerado, mas também pela confiança depositada em mim para liderar tão importante empresa municipal do concelho. Fico igualmente orgulhoso por, hoje, este cargo estar a ser tão desejado. Somos uma empresa-modelo e com boas práticas, devido ao trabalho desenvolvido. Isso é que verdadeiramente interessa.


Pode explicar-nos o trabalho desenvolvido pela VITRUS?

O serviço de higiene urbana, da responsabilidade da empresa, está dividido em duas áreas, nomeadamente a recolha de resíduos, onde fazemos a recolha de resíduos indiferenciados e dos chamados “monstros” em diversas freguesias de Guimarães. No Centro Histórico, assumimos a recolha dos resíduos indiferenciados e seletivos (PAYT), bem como do óleo alimentar usado e dos mencionados “monstros”. Este serviço também tem a responsabilidade da limpeza pública, sendo que limpamos o Centro Histórico de Guimarães e zonas verdes públicas, como o Percurso Pedestre da Penha, da Citânia, etc…, e fazemos a limpeza das faixas de gestão de combustível em várias zonas do concelho. Relativamente ao serviço de limpeza de edifícios, temos a responsabilidade de assegurar a limpeza de mais de 30 edifícios públicos. No serviço de estacionamento, fazemos a gestão de cinco parques públicos, nomeadamente o Parque Mumadona, o Parque do Estádio, o Parque do CCVF, o Parque da Plataforma e também o Parque do Mercado Municipal. Também fiscalizamos, aproximadamente, 1.300 lugares de estacionamento de superfície que integram as zonas de estacionamento de duração limitada.

© João Bastos/ Mais Guimarães

Os parques de estacionamento existentes são suficientes?

A VITRUS está, neste momento, responsável pela gestão de cinco parques públicos que notoriamente já não conseguiam dar resposta à procura existente. A opção tomada por Domingos Bragança, de avançar com a construção do Parque de Camões foi extremamente acertada, visto que veio dar resposta a uma lacuna existente em termos de mobilidade, permitindo aumentar, significativamente, a oferta, em termos de lugares de estacionamento. A gestão do Parque de Camões por parte da VITRUS entrará em vigor no início de 2020 e passaremos a ter seis parques públicos sob a nossa alçada. O que há neste momento é um contrato de aquisição de serviços de funcionamento do parque de estacionamento de Camões.

Como tem estado a lotação dos parques?

Neste momento, em relação aos cinco parques que gerimos, já não temos capacidade para aceitar mais avençados. Em relação ao Parque de Camões, a Câmara determinou que, nesta primeira fase, apenas seriam aceites avenças para os moradores. Agora é tempo de fazer uma análise para verificar de que forma vai funcionar no futuro.

© João Bastos/ Mais Guimarães

O que procurou alterar na VITRUS com a sua chegada?

Felizmente, integrei uma equipa dinâmica, com muita qualidade, que “veste a camisola” e que sabe da importância do serviço que prestamos e do impacto que o mesmo tem em Guimarães e nos vimaranenses. Em relação à minha chegada, pretendi contribuir para dinamizar ainda mais a empresa, garantindo que continuamos a crescer de forma sustentada, sendo que pretendemos ser, cada vez mais, um parceiro estratégico do Município. Para além disto, estamos extremamente envolvidos e motivados para cumprir o desígnio definido pelo Município de termos um território de “Guimarães mais verde”.

Encontra já resultados dessas mudanças?

Sim, o mundo empresarial está em constante mudança e as estruturas organizacionais mais dinâmicas e flexíveis tendem a resistir melhor. Posto isto, temos adaptado de forma contínua a nossa estrutura, até para darmos resposta aos constantes desafios. Temos crescido, mas tal não tem afetado, de forma negativa, o serviço que prestamos, o que comprova que estamos a ”trilhar” o caminho correto. Tanto assim é que, no ano passado, a VITRUS teve resultados positivos e muito satisfatórios, tendo como termo de comparação anos anteriores.

O que destaca na atividade da VITRUS nestes dois anos?

De uma forma genérica, nestes dois anos, continuamos a nossa trajetória de crescimento e estamos, ao mesmo tempo, a consolidar os serviços que prestamos. Posso destacar a responsabilidade que nos foi delegada pelo Município para a limpeza das faixas de gestão de combustível. Este é um serviço que não tem muita visibilidade, mas que é de uma importância extrema para a prevenção e atuação em caso de incêndio, para que não se repitam as tragédias de um passado bem recente. Lançámos o projeto CARE, que é inovador, e que pretende dar resposta ao descarte do plástico, um dos maiores problemas à escala global, sendo que também estamos a trabalhar no alargamento do PAYT, que tem tido excelentes resultados no Centro Histórico.

Que balanço faz deste período na Presidência da VITRUS?

Faço um balanço muito positivo. Foram dois anos muito intensos, de muito trabalho, mas ao mesmo tempo muito desafiantes, até porque é sempre um orgulho trabalhar em prol de Guimarães. Queria ressalvar a importância dos colaboradores da VITRUS, que muito se dedicam. São eles a principal razão do sucesso da empresa, sendo que é, para mim, um orgulho integrar esta equipa tão dinâmica, responsável, abnegada e que nunca dizem “não” a um desafio.

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