Trabalhadores da StampDyeing em protesto por salários em atraso

Os cerca de 100 trabalhadores da StampDyeing – Tinturaria, Estamparia e Acabamentos, sediada nas antigas instalações da Marpei, em Ponte, vivem momentos de incerteza.

© DR

Sem receberem o salário de julho nem o subsídio de férias, viram-se obrigados a protestar esta terça-feira em frente à empresa, forçando a administração a agendar uma reunião para amanhã com representantes do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes.

A contestação surge após quase dois meses em que os trabalhadores, apesar de cumprirem o horário de oito horas diárias, permaneceram parados devido à suspensão do fornecimento de gás, que deixou a fábrica sem produção. “É uma violência estarmos obrigados a vir para a empresa sem ter nada para fazer e, ainda por cima, sem receber”, desabafou um colaborador.

O clima agravou-se no início de agosto, quando um fornecedor avançou com um pedido de insolvência da StampDyeing, levantando dúvidas sobre a viabilidade da empresa.

A administração, por sua vez, garante estar a procurar soluções. Entre os funcionários, a revolta mistura-se com desconfiança em relação ao grupo empresarial liderado por Dâmaso Lobo, também ligado a empresas como a Coelima, Mabera e Primatex.

“Na Coelima falou-se em lucros, mas às custas da StampDyeing. Aqui ficámos sem salários e sem futuro”, acusou um trabalhador. Outro acrescenta: “Há colegas que ainda estão à espera de receber direitos de há mais de um ano. É uma injustiça para quem tem contas para pagar e famílias para sustentar.”

Com salários em atraso desde junho e um futuro incerto, os trabalhadores exigem que a reunião de amanhã traga respostas claras.

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