Três anos após o início da invasão, mais de uma centena de ucranianos vivem em Guimarães
Foi a 24 de fevereiro de 2022 que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia. Três anos depois, segundo as Nações Unidas, mais de 6,3 milhões de ucranianos vivem como refugiados e 3,7 milhões como deslocados, dentro do país. A guerra, que decorre há três anos, forçou um terço da população a fugir de suas casas, incluindo mais da metade das crianças ucranianas.

No final da reunião de câmara desta segunda-feira, dia 24 de fevereiro, Paula Oliveira, vereadora da Ação Social do município, lembrou o trabalho de acolhimento desta comunidade em Guimarães, e o “extraordinário apoio” dos vimaranenses em resposta ao despoletar do conflito.
Um apoio que foi necessário manter ao longo do tempo, através do programa “Guimarães Acolhe” criado em março de 2016, e que permite apoiar estas pessoas, e de outras latitudes, que chegam à cidade-berço.
Paula Oliveira vincou também a importância do “Porta de Entrada”, programa lançado pelo Governo e que permite o apoio financeiro às famílias para custear as rendas e ajudar com os custos de habitação.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães
Atualmente, 13 famílias residentes em Guimarães estão abrangidas pelo programa, mas passarão a ser 30, revelou a vereadora da Ação Social. Este alargamento, que teve o parecer positivo do IRHU – Instituto de Reabilitação Urbana, na passada sexta-feira, 21 de fevereiro, vem “responder às solicitações e necessidades que chegam aos serviços do município”. Recorde-se que o “Porta de Entrada” é um projeto específico de apoio aos refugiados de guerra da Ucrânia.
Paula Oliveira adiantou ainda que a Câmara Municipal tem contacto regular com a comunidade ucraniana, que “é bem organizada e por isso não recorre tanto aos serviços do município, é mais autónoma”, destacando a inclusão das crianças nas escolas do concelho e também o acesso aos cuidados de saúde.
A resposta humanitária vimaranense
Com o despoletar da guerra na Ucrânia, a Câmara Municipal de Guimarães, em articulação com organizações locais, nomeadamente as Juntas de Freguesia, empresas e instituições, organizou recolhas de bens que foram enviados para a Ucrânia e países vizinhos, assim como a logística para acolher os refugiados do conflito.

© CMG
A Guimarães, os primeiros refugiados chegaram a 15 de março de 2022, um grupo de 52 pessoas, incluindo três crianças, vindos de Varsóvia, capital da Polónia.
Também o movimento “Guimarães for Peace”, que juntou empresários vimaranenses, se pôs a caminho de Wroclaw (Breslávia), na Polónia, para entregar 3,5 toneladas de bens essenciais e recolher 30 pessoas, maioritariamente mulheres e crianças, mas também idosos.
Em Guimarães, foram instalados em várias instituições, tendo o maior número sido acolhido no Seminário Verbo Divino, onde permaneceram até agosto de 2022 e ali tiveram contacto com a língua portuguesa.
Gradualmente, as famílias foram realojadas em casas. Na maioria dos casos, várias famílias partilharam o mesmo teto. Trabalham na sua maioria e as crianças frequentam as escolas vimaranenses. No desporto destacam-se sobretudo na ginástica, os mais novos. O Guimagym, Clube de Ginástica de Guimarães, tem várias campeãs.
Três anos após a invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, cerca de 120 cidadãos ucranianos, sobretudo mulheres e crianças, têm como lar Guimarães.
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