UNIÃO. COMUNHÃO. ORGULHO.
Carlos Ribeiro Diretor Executivo no Laboratório da Paisagem
por CARLOS RIBEIRO
Diretor Executivo no Laboratório da Paisagem
Na última sexta-feira provou-se, como se ainda fosse preciso, que temos realmente equipa. Que o coletivo se sobreporá sempre ao talento individual e que aqueles que ficarão para a história e que continuarão a escrevê-la serão os que das bancadas empurram os seus há 94 anos. São no fundo os principais goleadores, e será deles que continuará a rezar a história. Creio que foi essa a maior aprendizagem para qualquer jogador. Aqui fazemos heróis, empurramo-los para o Olimpo, mas somos também invariavelmente cruéis na hora de punir os que se entendem superiores ao emblema que ostentam ao peito.
De Alexandre a Tito, de Edmur a Paulinho Cascavel, de Ziad a Gilmar, muitos foram aqueles que, pelos seus golos, marcaram o clube e deixaram marca nos seus adeptos. Que nos fizeram emocionar com os seus golos ou desesperar com as suas falhas, respeitando sempre o seu percurso. Porque sempre nos respeitaram.
No último jogo e quando me preparava para gritar mais um golo de Marega, eis que o vi apontar um na sua própria baliza. Não sei o que motivou a sua reação. Seja como for, não vai ser do conforto do sofá onde escrevo esta crónica que tentarei emitir uma sentença para o seu ato irrefletido. Se na sexta-feira, tenderia a uma condenação sumária sem recurso e com direito a forca em pleno Toural. Dois dias volvidos, tendo mais para a prisão perpétua. Talvez daqui a mais dois dias esteja tentado a aceitar que quem terá todos os dados na mão decida por uma pena exemplar que possa não me impedir de continuar a gritar os seus golos. Estranho? Talvez. Afinal o futebol é isto mesmo: paixão e irracionalidade. A vantagem? É que não tenho eu de decidir. E isso dá-me uma tranquilidade olímpica. Agora se numa jornada Marega pisou a linha, na última ultrapassou-a por completo. E o risco, é que o seu ego o leve longe. Provavelmente demasiado longe de um desporto onde o coletivo impera.
Mas tal como disse Pedro Martins, que esta atitude não ofusque tudo o resto. E que resto! Uma equipa que nos orgulha pela sua capacidade de luta e superação, que semana após semana nos faz abrir o sorriso e dizer “este sim é o nosso Vitória”. Há quanto tempo não podíamos dizê-lo? Que hábito bom este de começar a semana carregando mais um triunfo nas costas. De olhar para o calendário e achar que, assim de repente, vamos ganhar quase todos os jogos. De olhar para a classificação e poder sonhar.
Pés assentes no chão? Bem, eu deixo isso para o Pedro Martins, para o grupo de trabalho e para a direção. A mim, deixem-me continuar a sonhar. E agora se me permitem vou ali olhar de novo para o calendário, porque pelas minhas contas somos campeões lá para março (adoro esta irracionalidade do futebol!).
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