A vice presidente do executivo vimaranense, Adelina Paula Pinto, anunciou, esta quinta-feira, em reunião de Câmara, que o estado deve 3,5 milhões de euros à Câmara Municipal de Guimarães no âmbito transferência de competências do poder central para os municípios.

“O quadro geral é muitíssimo preocupante”, disse Vânia Dias da Silva. “Se neste momento, ainda de curto prazo, não tem reflexos, irá ter no médio longo prazo e é muitíssimo preocupante até por causa das questões do desenvolvimento económico, que são da responsabilidade do município e que vão ficar para trás”, refletiu.

A vereadora da oposição acredita que, caso se tenha que escolher “entre ampliar parques empresariais e dar conta das questões da educação ou da saúde, a escolha vai recair sobre a saúde e a educação”. “Isso deviam ser matérias que o Governo central devia e podia assegurar”, concluiu.

Contuda, frisa, “não quer dizer que a proximidade não seja um elemento importante para, em algumas circunstâncias, se poder gerir melhor. Mas neste moldes não faz sentido porque o que se está a fazer é alijar responsabilidades do Governo central para os municípios sem se fazer a transferência de verbas necessárias e suficientes para o efeito”.

Adelina Paula Pinto, vice presidente do município, explicou que esta “é uma dívida” e a Câmara está “apenas a adiantar o dinheiro aguardando a todo o momento que ele seja reposto”.

Adiantou ainda que “a saúde é o processo que está mais atrasado e tem uma diferença em relação às outras áreas porque supõe um auto de transferência e uma formalização maior. O Ministério da Saúde tem estado em contacto connosco, estamos a trabalhar com o ACES a recolher dados necessários. Devemos assinar ainda em 2023”.