VERÃO POUCO SOLARENGO PARA O COMÉRCIO

Proprietários de negócios em Guimarães acreditam que "o verão ainda está para vir".

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Os meses de verão são, por todo o país, sinónimo de visitantes espalhados pelas artérias das cidades e, claro, Guimarães não é exceção. Com um verão menos solarengo que o habitual, terá a cidade berço tirado proveito dos turistas que a visitam?

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, no mês de julho, houve um recorde de levantamentos de dinheiro na rede multibanco de Guimarães. Em julho de 2019, em Portugal, foram levantados mais de 2 mil milhões de euros. Só nas caixas de multibanco de Guimarães, foram levantados 41 milhões 816 mil e 945 euros. Os primeiros seis meses do ano foram de crescimento; porém, aquém do valor de julho.
Pode olhar-se para o aumento como um reflexo do crescimento do fluxo turístico na cidade. Entre os comerciantes que falaram ao Mais Guimarães, as opiniões dividem-se quando chega o momento de comparar os meses quentes de 2019 com os de anos anteriores. Alguns esperam mesmo que as temperaturas quentes previstas para os meses de setembro e outubro possam abrir a porta a mais visitantes.

“Os turistas são low cost”

Para Teresa Silva, proprietária da loja de artesanato urbano e ilustração Desfigura, aberta desde 2010, “este verão, se fizermos um balanço em relação a todos os outros, será o verão mais fraco que tive. Os turistas são low cost, regateiam valores e acham tudo caro”, adianta. Na loja localizada na Rua Dr. Avelino Germano, passam turistas gregos, espanhóis, franceses, norte-americanos e alemães. O cenário difere na Padaria Nacional, localizada na mesma artéria, segundo a funcionária Amanda Figueiredo. “Foi um verão muito movimentado, com muitos turistas, que chegam de países como a França ou EUA. Apesar de apenas estar aqui há dois meses, pelos comentários que oiço dos colegas, este ano foi o melhor”, conta. Entre os visitantes que passam pela padaria, muitos “dizem que gostam muito de Guimarães, que é uma cidade pequena e com pessoas muito acolhedoras”.
Bem perto, localiza-se a BenViver Juntos, empresa de aluguer de passeios nas famosas tuk-tuks, bicicletas e trotinetes. “Estamos aqui há cerca de 2 meses. Foi um verão positivo. No que toca aos tuk-tuks, está a funcionar bem. Contudo, ainda não há muita cultura de bicicletas em Guimarães, nem temos espaços próprios para que tal aconteça. Temos uma ciclovia, mas é um pouco distante”, aponta Armando Pereiro, funcionário da empresa.
Do lado da restauração, Luís Vieira, proprietário do Espaço Dindha, localizado na Rua da Rainha, adianta que “o mês de agosto é sempre forte, mas julho é fraco.” “Temos recebido turistas de países muito diversos, como muitos americanos. Acho que há falta de dinheiro dos turistas. Os voos low cost ajudaram-nos imenso a conhecer outros países, mas o turista que vem em vôos low cost é o turista que não tem dinheiro. Isso reflete-se no comércio”, lamenta.

“O verão ainda está para vir”

Luís Vieira acredita que “o verão ainda está a decorrer”, porém, avisa, “setembro é sempre muito complicado para todos. Começam as aulas, nota-se no trânsito, no estacionamento e mesmo nas pessoas… o dinheiro não dura sempre, é preciso trabalhar.” A proprietária da Desfigura acredita que este verão Guimarães acolheu menos turistas. “Falamos sobre isso entre comerciantes e achamos que o verão está mais decadente que o costume. Acredito que o verão ainda está para vir. Se calhar também pode ter sido devido ao mau tempo que se sentiu no mês de agosto. Eu acredito verdadeiramente que será melhor em setembro”, adianta.
Um agosto menos solarengo foi também sinónimo de menos gente a banhos em Guimarães, pelo menos no que diz respeito às Piscinas Scorpio. Abertas desde junho e até 15 de setembro, o espaço acolheu, até ao momento, menos cerca de 20 mil visitas do que no ano passado, tendo estado encerrada cerca de 10 dias, devido precisamente ao mau tempo. “Este ano não foi muito rico em termos de exposição solar. Foi um ano bastante atípico. Tivemos um Agosto muito fraco. Foi um dos piores verões”, admite Amadeu Portilha, presidente da Tempo Livre.

 

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