A karateca Flávia Ribeiro, que recentemente se sagrou campeã nacional na prova de kumité, na categoria de +68kg, é uma das eleitas para representar Portugal, entre 22 e 26 de março, no 58.º Campeonato da Europa de Seniores de Karaté, na cidade de Guadalajara, em Espanha.
Ao Mais Guimarães, a jovem lutadora, de 25 anos, natural de Vila Nova de Sande, e que representa das cores da Associação Juvenil Karaté de Portugal (AJKP), falou dos objetivos para a competição, numa entrevista na qual também recorda o passado e aborda as metas para o futuro.

Sagrou-se, recentemente, campeã nacional numa prova diferente. Esperado?
Foi inesperado, dado que estou numa época de mudanças. Abri o meu estúdio há pouco tempo e tenho dedicado mais tempo ao trabalho e não tenho treinado como deveria. Fui ao campeonato também para ganhar, é claro, porque nunca gosto de perder, mas fui mais para me divertir e fazer aquilo que gosto.
Mais uma vez foi chamada à seleção. Quais são os objetivos?
Não estava à espera de ser convocada nesta categoria, mas, uma vez que vou, farei o meu melhor e irei deixar lá tudo, se possível tentando trazer uma medalha.
De todos os títulos já alcançados, destaca algum?
A medalha de segundo lugar no campeonato de Europa de sub-21, na Bulgária.
O que falta conquistar?
Em Portugal já fui várias vezes campeã nacional. Já conquistei uma medalha em sub-21 no campeonato da Europa e agora o objetivo é trazer uma medalha em sénior, seja Europeu ou Mundial. Seria importante para trazer nome ao karaté, de modo a que fosse mais visto e apoiado.
Qual tem sido o papel da família?
Super importante. Muitas vezes levaram-me a treinos de seleção no Pombal. E continuam a apoiar-me, sempre que podem, nas competições. Sentimo-nos apoiados e mais seguros.
E o papel do Filipe Ferreira?
Quase como um pai. Já temos bastantes anos juntos e conhecemo-nos muito bem. Se preciso de alguma coisa sei que posso contar. Ajuda-nos nos treinos, mas também no nosso dia a dia. Com ele está sempre tudo bem.
Como tem sido ensinar?
Um dia atrás do outro, com calma e muita paciência. Estou a gostar bastante. É bom quando vemos nos outros as dificuldades que também passamos e conseguimos arranjar estratégias para eles melhorarem e não desistirem do objetivo.