A dupla portuguesa destacou-se desde o arranque da competição, com um 2.º lugar no prólogo e três pódios em etapas, demonstrando consistência, espírito competitivo e uma excelente adaptação aos terrenos adversos da savana africana.

O maior desafio surgiu na 3.ª etapa, uma etapa maratona, na qual os concorrentes não têm acesso a assistência externa e enfrentam condições extremamente rigorosas. Com temperaturas a variar entre os -3 °C à noite e os 27 °C durante o dia, Nogueira e Couto ficaram atolados durante cerca de uma hora e meia numa zona de lama, perdendo tempo precioso. Ainda assim, conseguiram terminar a especial durante a noite, em condições de visibilidade reduzida e com o perigo acrescido de atravessar áreas habitadas por animais selvagens.

© Óscar Nogueira

“Foi uma prova de superação. Tivemos momentos de frustração, mas também grandes conquistas. Saímos daqui com o sentimento de missão cumprida”, afirmou José Óscar Nogueira.

Arcélio Couto sublinhou a exigência da etapa maratona: “Foi desafiante gerir os problemas sem assistência e manter a concentração até ao fim, mas conseguimos.”

O resultado final confirma a dupla lusa como uma das equipas mais promissoras do panorama internacional do rali cross-country, com olhos postos nas próximas etapas do campeonato mundial.