Entrevista: Filipa Lima uma artista vimaranense em ascensão
Filipa Lima deu os primeiros passos musicais quando ainda era bebé, quando, segundo o que lhe contam, “já tentava cantar a “Avé Maria” com a sua avó. Mais tarde entrou para uma escola de música e, a partir daí, começou a atuar em vários estabelecimentos, onde deu a conhecer um pouco do seu trabalho.
Depois de lançar o seu primeiro single, de nome “Viagem”, a vimaranense sentiu um grande apoio por parte das pessoas para crescer dentro do mundo da música, área em que pretende “poder chegar aos ouvidos do país inteiro”.
A artista escreve sobre a sua história e aquilo que observa na sua vida, tendo lançado, recentemente, um novo single. Chama-se “Intenção” (pode ouvir aqui) e serviu de mote para a conversa com Leonardo Pereira, jornalista do Mais Guimarães.
Como surgiu o teu interesse por este mundo da música?
Já estou ligada à música desde que me lembro. Comecei muito nova a participar num grupo coral. Ou seja, aos seis anos eu já estava muito interessada em música e em cantar, e foi assim que surgiu o “bichinho”.
Também surgiu com a minha avó, porque ela gostava muito de cantar e desde que eu era pequena, ela cantava muito para mim e isso acabou por ajudar a que eu tenha interesse em música. Depois, fui incentivada pela minha mãe e pelo resto da minha família a cantar sozinha e entrei para uma escola de música, onde tive algumas atuações.
Consideras que a tua avó também influenciou o teu caminho?
Foi muito por mim, sempre gostei de música desde pequena. A minha avó é capaz de ter sido um grande contributo por ter cantado muito para mim quando eu era bebé. Eu não tenho forma de me lembrar disso, mas dizem-me que quando tinha cerca de nove meses, já tentava cantar o “Avé Maria” com ela, por isso acho que pode ter sido por aí.
Em que fase da tua vida decidiste apostar numa carreira musical?
Comecei a fazer as minhas atuações em bares, cafés e restaurantes por volta dos 15 anos. Entretanto, participei num concurso em Pevidém, em 2017, com 16 anos, e tive a sorte de vencer o concurso em que o prémio era uma parte paga de uma gravação em estúdio.
Então aproveitei a oportunidade para gravar algo que não existisse. Podia ser um cover, mas queria mesmo que fosse algo diferente e novo e então foi quando lancei o meu primeiro single “Viagem”.
Isso foi a rampa de lançamento da tua carreira?
Sim, sem dúvida. A partir do momento em que lancei a “Viagem”, cheguei a mais vimaranenses e tive bastante apoio nesse sentido, na divulgação. Os vimaranenses gostam sempre quando alguém da sua terra lança alguma coisa nova e normalmente apoiam bastante. Portanto, posso dizer que foi essa a rampa de lançamento.
“A minha avó é capaz de ter sido um grande contributo por ter cantado muito para mim quando eu era bebé.” Filipa Lima
Em que te baseias para escrever as tuas músicas?
Sempre digo que as minhas composições, apesar de serem poucas, baseiam-se bastante na minha história, na minha vivência, na minha vida, nas coisas que observo, em relações à minha volta e mesmo nas minhas. No fundo acaba por ser um pouco baseado nisso.
Não especificamente em nada, porque quando eu componho, as ideias surgem-me do nada.
Quem são as tuas maiores influências no mundo da música?
Tenho algumas referências que não vão propriamente ao encontro do meu estilo de música e àquilo que faço, mas aprecio muito. Tenho o exemplo do Nininho Vaz Maia, que acho um artista sensacional.
Já tive a oportunidade de o ver ao vivo. Outros artistas que gosto são o Diogo Piçarra e Fernando Daniel. Normalmente as minhas inspirações são artistas nacionais.
Como gostavas de ver a tua marca no mundo da música daqui a uns cinco anos, por exemplo?
Acho que o objetivo de qualquer artista é mesmo poder chegar aos ouvidos do país inteiro, o objetivo seria mesmo esse. Espero conseguir, mas não tenho uma previsão, nem conto que seja daqui a dois ou três anos. Acho que as coisas acontecem quando têm de acontecer, mas claro, se fosse possível, seria ótimo.
“Acho que o objetivo de qualquer artista é poder chegar aos ouvidos do país inteiro, o objetivo seria mesmo esse.” Filipa Lima
O panorama atual da música faz com que haja um caminho difícil de percorrer?
Acho que nunca foi fácil. Em todas as fases para diversos artistas houve complicações há alguns anos atrás, porque para se darem a conhecer tinha de ser através de CD´s e as pessoas tinham de os comprar.
Neste momento, acho que a maior dificuldade é a grande diversidade e competitividade que há no mundo da música. Ou seja, neste momento, temos diversos artistas com muita qualidade, há uma grande oferta e estão todos à procura do mesmo. Então torna-se um pouco complicado chegar mais longe.
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