O ano chegou, e como tem sido habitual, percebemos que a vida não ficou mais fácil. Economicamente falando, quase tudo ficou mais caro, e embatemos imediatamente, em poucos dias e com algum estrondo, numa realidade que só aos mais otimistas (quicá loucos) não preocupará muito.

Estamos no inverno e, segundo os dados tornados públicos, dois milhões de portugueses não conseguem aquecer as suas casas e ter algum conforto nesta altura do ano mais difícil de suportar.

O número de óbitos desde o natal, em 15 dias, aproximadamente, aumentou 1.600 relativamente ao que era previsível para este período.

Teremos eleições legislativas em março, o que significa que o primeiro trimestre de 2024, como foi o último trimestre do ano que findou, será dedicado à discussão política, sem reflexos reais na carteira e na confiança dos portugueses.

Meio ano foi ao ar, como se tivéssemos tempo a perder para entrar no ritmo de crescimento e qualidade de vida de alguns dos nossos parceiros europeus. Comparando-nos com os melhores, claro, que é com esses que nos devemos sempre comparar, se queremos subir e oferecer qualidade de vida a quem ocupa este retângulo à beira-mar.

Localmente, e como está refletido na edição desta semana do Mais Guimarães, a confiança dos comerciantes está em baixa. Não se sente alegria, ambição, um rumo, e assim, não há volta a dar, o caminho continuará o mesmo, de um certo definhamento do setor. O comércio local, que foi já exemplar, tem de se reencontrar, de se transformar rapidamente. Já ontem era tarde!

Este é o cenário. Mas como; “de médico e de louco todos temos um pouco”, lá vamos administrando um paracetamol por dia, e sorrindo. Haja saúde-