A obra, realizada pela empresa Manuel Couto Alves, S.A., representou um investimento na ordem dos dois milhões de euros e foi concluída em 306 dias, dentro do prazo contratual estabelecido.

Com cerca de 400 metros de extensão e uma área de intervenção de 22.200 metros quadrados, a nova estrada responde ao crescimento da zona, marcada pela transição entre espaço urbano e áreas agrícolas. A infraestrutura vem melhorar a fluidez do tráfego local e reforçar as condições de segurança rodoviária. O traçado, com sete metros de largura, foi concebido com atenção à integração paisagística e identidade rural da envolvente. Inclui pavimento em cubo de granito, taludes de contenção igualmente em granito, zonas ajardinadas e rails de madeira, soluções que visam induzir velocidades moderadas e preservar a harmonia com o território.

© Eliseu Sampaio/Mais Guimarães

Durante a cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, destacou a importância da obra para a mobilidade local e para o ordenamento sustentável do território: “Mais do que abrir uma estrada, criámos um percurso que respeita o território, valoriza o espaço agrícola e convida à fruição do ambiente. Esta é uma obra com utilidade prática e preocupação ambiental, que aproxima zonas residenciais, espaços de lazer e equipamentos desportivos”.

O autarca sublinhou ainda a visão municipal de equilíbrio no desenvolvimento entre o centro e a periferia: “São estas intervenções que acrescentam novas camadas de qualidade ao território vimaranense, estendendo essa qualidade para além do centro da cidade. Qualquer freguesia tem direito à mesma excelência de obra que aplicamos no Toural ou no Largo da Oliveira”.

Domingos Bragança destacou ainda o papel estratégico da nova via na rede de acessos: “Este troço completa a ligação desde o Salgueiral e da zona da rodovia, servindo quem se dirige a Pevidém ou à autoestrada, passando por Silvares. Com esta via, resolvemos também estrangulamentos de trânsito e criámos melhores condições de circulação.”

A intervenção integrou uma forte componente ambiental, com a preservação de áreas pertencentes à Reserva Agrícola Nacional e à Reserva Ecológica Nacional. Foram introduzidas espécies vegetais autóctones, adaptadas às condições do solo e do clima, promovendo a requalificação ecológica e o enquadramento natural da infraestrutura. A mobilidade suave foi outro dos eixos centrais do projeto. A via inclui passeios pedonais, mantém a ciclovia já existente e introduz novos percursos em saibro junto à zona húmida, incentivando o contacto com a natureza e a prática de atividades ao ar livre.