Guimarães Jazz 2025 reúne nomes consagrados e novos talentos do jazz mundial

De 6 a 15 de novembro, o Guimarães Jazz celebra a sua 34ª edição, reafirmando-se como um espaço de liberdade artística e diversidade musical.

© CMG

A cidade berço volta a ser palco de um dos mais prestigiados eventos musicais do país. Com um programa que equilibra tradição e inovação, o festival volta a destacar-se pela pluralidade estilística, geográfica e geracional dos artistas convidados.

Ao longo de quase quatro décadas, o Guimarães Jazz construiu uma identidade singular no panorama cultural português, apostando numa programação que rejeita rótulos rígidos e privilegia a abertura estética. “Toda a música, e especificamente o jazz, é um espaço de abertura para a singularidade expressada pelo músico”, sublinha o diretor artístico Ivo Martins, apontando a valorização da diversidade de estilos e visões do mundo como um dos pilares do festival.

A edição de 2025 arranca com “Blues Blood”, projeto do saxofonista norte-americano Immanuel Wilkins (6 de novembro), que homenageia a tradição afro-americana com o apoio de uma formação vocal alargada. No dia seguinte (7 de novembro), Maria João regressa ao festival, 20 anos depois da sua última participação, com o espetáculo “Abundância”, que assinala quatro décadas de carreira num encontro entre jazz e raízes africanas, acompanhado pela Orquestra de Guimarães.

Fred Hersch, uma das figuras mais respeitadas do jazz contemporâneo, encerra o primeiro fim de semana (8 de novembro) com o seu trio, prometendo uma atuação ao mais alto nível artístico.

O segundo fim de semana abre com o quinteto de Mark Turner (13 de novembro), saxofonista norte-americano com uma carreira consolidada e altamente reconhecida. Seguem-se dois concertos de pianistas com abordagens distintas: Craig Taborn, em trio com Tomeka Reid e Ches Smith (14 de novembro), e Danilo Pérez, que encerra o festival (15 de novembro) com a Bohuslän Big Band, formação sueca com quem partilha o palco numa fusão de classicismo e exotismo sonoro.

Um festival para descobrir novas vozes

O festival mantém a aposta nas parcerias com instituições nacionais, promovendo o trabalho de jovens músicos e projetos de vanguarda. No auditório secundário do Centro Cultural Vila Flor, será possível assistir a uma série de concertos alternativos. No sábado, 8 de novembro, atuam o Hugo Santos 5tet, vencedor do Concurso Internacional de Jazz da Universidade de Aveiro, e o projeto “Of Fragility and Impermanence”, liderado pelo contrabaixista André Carvalho.

No domingo, 9 de novembro, a associação Porta-Jazz leva ao palco um projeto interdisciplinar protagonizado pela pianista Clara Lacerda, que cruza jazz e literatura, com poesia de Vasco Gato. Já no último dia do festival (15 de novembro), a Sonoscopia apresenta o Trio Kvelvane-Østvang-Vermeulen, representante das dinâmicas de improvisação livre do norte da Europa.

Jam sessions e oficinas dão alma ao festival

O saxofonista britânico Alex Hitchcock e o seu quinteto assumem este ano a responsabilidade pelas oficinas de jazz e pelas tradicionais jam sessions, atividades que decorrem ao longo de todo o festival e que contribuem para o seu espírito de partilha e formação. O grupo também protagoniza dois concertos: em nome próprio (15 de novembro) e em colaboração com a Orquestra de Jazz da ESMAE (9 de novembro), num espetáculo que resulta de uma residência artística com estudantes da instituição. O Guimarães Jazz é uma organização conjunta d’A Oficina, do Município de Guimarães e da Convívio – Associação Cultural. Os bilhetes para a 34ª edição já estão disponíveis nos locais habituais e online.

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