Muita parra, pouca uva
Por Eliseu Sampaio.

Por Eliseu Sampaio. Não raras vezes, socorremo-nos de expressões populares, com o saber dos tempos, para categorizar situações atuais. Esta “muita parra, pouca uva”, vem mesmo a calhar, até porque estamos em pleno momento das vindimas. Uma expressão antiga que descreve um resultado insignificante ou ridículo (de poucas uvas) quando o que se esperava era algo grandioso e importante (que o anúncio feito previra).
Há cerca de cinco meses, nas primeiras semanas de pandemia, e fruto da constatação de uma crise real que os órgãos de comunicação social sentiram de imediato e viveriam nos meses seguintes, o Governo anunciou 15 milhões de euros em apoios ao setor, na compra antecipada de publicidade institucional. 11,3 Milhões de euros destinavam-se a órgãos de âmbito nacional, dois milhões de euros para as publicações regionais e 1,7 milhões de euros serão para rádios regionais ou locais. Atente-se que, muitos dos órgãos de comunicação social não decretaram lay-offs nem recorreram a qualquer subsídio, mantendo as suas atividades como até então, e com quebras significativas nas suas receitas. O sentimento de serviço público falou claramente mais alto.
“Caiu o Carmo e a Trindade!” Lá estou eu com mais uma frase popular que se ajusta perfeitamente ao que se viveu nos dias seguintes a este anúncio, com acusações de favorecimento de um setor em detrimento de outros. Fê-lo na altura quem não reconhece a importância da comunicação social livre nos dias que correm, e dos perigos que surgirão imediatamente se um dia a perdermos a pouca que temos.
Pasmamo-nos ao verificar, no entanto, o seguinte: Segundo a Associação Portuguesa de Imprensa, que está a fazer o levantamento de situação e dos contatos sobre o processo da Publicidade institucional do Estado aprovado pelo governo há cinco meses, “com base nas informações recolhidas junto dos Editores, a situação atual (de um universo de 500 empresas editoras de publicações periódicas), é de cerca de 30% de publicações contatadas e pouco mais de 5% de processos concluídos e 0% de pagamentos efetuados.
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