A Dança da Chuva

A dor de Pedrogão foi lá longe, sofremos com ela. Mas como em tudo, a dor passa, adormecemos e acordamos com o fogo ao pé, de novo.

© Eliseu Sampaio

Nestes dias fomos fustigados pelos incêndios florestais. Não, não, tenho memória de um desastre assim.

“Condições atmosféricas excecionais” potenciaram incêndios no Norte e Centro do país, e estes dias foram de combate sem tréguas aos incêndios florestais, muitas vezes de forma inglória.

Os nossos Bombeiros foram até à exaustão, alguns ainda lá estão, no combate, apesar da onda ter acalmado um pouco e permitido a alguns respirarem.

Sete pessoas morreram, quatro das quais bombeiros. Três da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, esta terça-feira, quando o carro em que seguiam, para combater o fogo em Tábua, no distrito de Coimbra, foi apanhado pelas chamas.
Nesta altura, continuamos em alerta máximo, dependentes da chuva que há-de vir lá para o final de semana e retirar-nos deste sufoco.

Se nada se fizer, há-se ser sempre a “intervenção divina”, diga-se chuva, que nos há-de sempre salvar.

Parece que recuamos no tempo, e nos damos com a vontade de nos juntarmos num certo largo, de mãos dadas, implorando que nos salvem, já que nós, Homens, não somos, ou fomos, capazes de o fazer.

Há medidas que têm de ser tomadas neste país, e que vão desde a limitação à plantação de eucaliptos, a uma limpeza e respectiva fiscalização das matas, à mudança do enquadramento penal dos incendiários e à valorização dos nossos Bombeiros, que está sempre, sempre lá para nós, com uma Humanidade ímpar.

Como cidadãos, temos o direito de exigir que tal medidas sejam adotadas com toda a urgência.

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