Academia de Soft-skills da UMinho apresenta projetos

"Ninguém aprende a andar de bicicleta lendo apenas livros..."

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A Universidade do Minho tem um programa de competências transversais pioneiro no ensino superior nacional. Chama-se “B-Side – Academia de Soft Skills” e complementa a formação dos estudantes, melhorando a sua empregabilidade. A iniciativa assinala dois anos na quarta-feira, dia 30, com um evento online para apresentar oito dos projetos realizados e perspetivar as competências futuras no mercado.

Foto: DR

O programa abre às 14h30, com o coordenador da B-Side e do serviço de carreira da TecMinho, Paulo Silva. Segue-se um painel com intervenções do coordenador do programa Academias do Conhecimento da Fundação Calouste Gulbenkian, Pedro Cunha, a diretora do Torrance Center Portugal, Ivete Azevedo, a diretora de recursos humanos da Borgwarner Portugal, Ana Silva, e a professora Joana Alexandre, do ISCTE. Às 15h15 conhece-se projetos dos participantes da B-Side, abordando temas como formação profissional, sustentabilidade ambiental, liderança no feminino e saúde mental, intercalados por vários testemunhos e por uma atuação musical.

“A licenciatura ou o mestrado prepara cada aluno muito bem a nível técnico e científico – é o seu lado A. Mas falta desenvolver as soft skills – o seu lado B –, o que é concretizado nesta academia, chamada precisamente B-Side”, explica Paulo Silva. “Ninguém aprende a andar de bicicleta lendo apenas livros, ou seja, não desenvolve competências só pela transmissão de conhecimento; cremos, assim, que este projeto diferenciará o sucesso pessoal e profissional”, realça.

O programa teve, no ano 2019/20, cem alunos de diversos cursos da UMinho em 250 horas de atividade, mas em 2020/21 a pandemia reduziu o grupo para 40 alunos e em formato híbrido. As sessões práticas semanais focaram a criatividade, autorregulação, resolução de problemas, resiliência, comunicação e reflexão crítica, entre outras. Estas competências são consideradas relevantes para a empregabilidade e para enfrentar os principais desafios do século XXI. O plano juntou ainda casos, instant challenges, desafios em grupo e role play, comformadores certificados. 

iniciativa é gratuita e dinamizada pela TecMinho, uma interface da UMinho, sendo cofinanciada pelo programa Academias do Conhecimento, que desenvolve competências sociais, emocionais e criativas para menores de 25 anos. Por curiosidade, quatro alunos da B-Side representaram recentemente Portugal na maior competição mundial de resolução de problemas, a “Future Problem Solving Program International Conference”, e o know-how adquirido levou esta equipa ao 2º lugar global nas duas provas em que participou.

Preparar para empregos que ainda não existem

O Banco Mundial estima que quatro em cinco crianças terão empregos que ainda não existem e o Fórum Económico Mundial calcula que 40% das competências-chave do futuro serão diferentes das de hoje. Segundo a OCDE, as soft skills têm uma relação positiva com os resultados académicos, a taxa de emprego, o desempenho profissional, os ganhos salariais, a saúde física e mental e a satisfação no trabalho e com a vida em geral.

A TecMinho tem feito diversos programas pioneiros neste âmbito, nomeadamente o JobLab, que acelera o emprego de finalistas e recém-diplomados, o EVA, focado no empreendedorismo feminino, o IdeaLab, um laboratório trimestral com tutoria gratuita para lançar ideias de negócio, o SpinUM, um concurso anual de ideias de negócio com vários prémios, e a Clínica de Negócios, com consultas especializadas para apoiar na resolução de problemas e na tomada de decisões.

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