ACIG, “A INSTITUIÇÃO MAIS ANTIGA DO CONCELHO” PODERÁ GANHAR UMA NOVA VIDA
O futuro da ACIG será decidido daqui a cerca de 60 dias, altura em que será apresentado um plano de insolvência, que, caso seja aprovado pelos credores, poderá dar uma nova vida à ACIG, "a instituição mais antiga do concelho", descreve o advogado Gonçalo Gama Lobo.

O futuro da ACIG será decidido daqui a cerca de 60 dias, altura em que será apresentado um plano de insolvência, que, caso seja aprovado pelos credores, poderá dar uma nova vida à ACIG, “apenas e só a instituição mais antiga do concelho”, descreve o advogado Gonçalo Gama Lobo.

“Mau era se os vimaranenses não se mobilizassem para salvar a ACIG”. A frase é do advogado Gonçalo Gama Lobo, que representou a Associação Comercial e Industrial de Guimarães (ACIG), na mais recente assembleia de credores, que teve lugar na passada sexta-feira no Tribunal de Guimarães.
Nessa assembleia, a associação apresentou um projeto que elenca as linhas gerais de um plano para a venda do património, bem como para a revitalização da instituição. Desta forma, a revitalização significará uma nova vida para a ACIG. Gonçalo Gama Lobo defende que, em Guimarães, existe “uma capacidade de mobilização única” e que é preciso que “as pessoas percebam o que está em causa”. “É apenas e só a instituição mais antiga do concelho. É muito importante não só pelo espólio imaterial que tem, mas também pelo que pode transmitir para os vindouros e para voltar a ser um pólo aglutinador de toda a indústria e comércio da região”, defendeu.
O advogado explica que “as pessoas partiram para a Assembleia com uma proposta por parte do senhor administrador de liquidação e encerramento da ACIG”. Contudo, a proposta apresentada pela ACIG irá “salvar a associação e permitir que esta continue a funcionar, prestando serviços são seus associados e, simultaneamente, permitir que seja liquidado todo o ativo que tenha um valor económico para os credores”, esclarece.
Nesse sentido, a ACIG irá ficar sem os ativos, designadamente o imóvel localizado na Rua da Rainha, que era a sua sede. “Será tudo vendido e o produto da venda reverterá a favor dos credores. A associação prosseguirá os seus objetivos, naturalmente com instalações arrendadas, mais pequenas, com menos funcionários e limitada aos serviços mínimos”, conta.
O Tribunal deu um prazo de 60 dias, que foi o pedido pela ACIG, para apresentar o plano completo, que depois será votado pelos credores. “A ideia é que, sem qualquer prejuízo para os credores, a associação se veja livre desse passivo através da liquidação do seu património”, frisa.
Recorde-se que, em outubro passado, o Tribunal de Comércio de Guimarães declarou a insolvência da ACIG. No final de setembro, a direção demitiu-se devido a dívidas acumuladas. Na altura da demissão, o presidente da direção da ACIG, Filipe Vilas Boas garantia que a direção teve o cuidado de guardar o espólio nas instituições publicas de Guimarães”, como o Arquivo Municipal Alfredo Pimenta e o Museu Alberto Sampaio e reiterou que a associação com mais de 150 anos “foi importante no passado e ainda vai ser mais importante no futuro.”
O edifício da ACIG, localizado na Rua da Rainha, no Centro Histórico da cidade, está classificado como de interesse público desde 1977. Em março de 1865, vários comerciantes vimaranenses reuniram-se na residência do comerciante António Espírito Santo com o fim de criar uma estrutura associativa. Os primeiros estatutos foram aprovados a 3 de outubro do mesmo ano, por Alvará Régio, iniciando-se assim, legalmente, a vida da Associação Comercial de Guimarães. 17 anos depois, em junho de 1882, a associação, com aprovação de novos estatutos, passa a abranger também o âmbito industrial. A denominação de Associação Comercial Industrial de Guimarães oficializa-se em julho de 1992
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