Administrador do Hospital de Riba de Ave nega irregularidades na vacinação

Provedor é solidário com as soluções encontradas.

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A mulher do administrador foi vacinada porque vai brevemente, logo que a vacina produza efeito, começar a prestar serviço voluntário no hospital. A filha, médica, “disponibilizou-se de forma altruísta para reforçar a unidade de doentes covid” do hospital e vai iniciar “esta colaboração logo que seja a vacina produza o efeito”. É assim que Salazar Coimbra justifica a vacinação da duas familiares.

Foto: DR

As justificações surgem num comunicado enviado à imprensa por Salazar Coimbra, na sequência das notícias que avançavam que o médico, diretor clínico e administrador do  Hospital Narciso Ferreira da Santa Casa da Misericórdia de Riba de Ave, teria preterido profissionais de saúde, nomeadamente médicos enfermeiros e funcionários que trabalham na ala covid daquele hospital.

O médico começa por justificar o facto de ele próprio ter sido vacinado por ser diretor clínico do Hospital, além de administrador.

Relativamente aos profissionais do Hospital que teriam deixado de tomar a vacina por outras pessoas serem incluídas na lista, Salazar Coimbra nega que isso tenha acontecido. “Ao contrário da informação falsa que circula, todos os enfermeiros da ala covid, urgência, gastroenterologia, anestesia, pneumologia, otorrino e bloco operatório todos foram vacinados. Apenas os enfermeiros que prestam serviço nos cuidados continuados não foram vacinados logo de imediato, em resultado de um surto”, afirma no comunicado. “Na semana passada foram também estes todos vacinados. Em suma, estão todos os enfermeiros vacinados”, acrescenta. O comunicado não avança com as datas em que os diversos profissionais receberam a vacina.

O médico alega que a esposa é irmã da Misericórdia, que tem experiência em voluntariado, levada a cabo nos últimos 10 anos na ala de transplantes de medula no IPO  e que se ofereceu para reforçar e participar no auxílio a doentes covid no respetivo departamento que se encontra em funcionamento no Hospital Narciso Ferreira.  Segundo o comunicado a esposa de Salazar Coimbra “iniciará esta colaboração logo que seja a vacina produza o efeito”.

Salazar Coimbra afirma que a identificação da esposa como médica é um lapso dos serviços administrativos e adianta que “poderá ter sido motivado por mero desconhecimento”.

Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, eleita pelo Partido Socialista, não sendo profissional de saúde também foi vacinada, por se apresentar como voluntária. A autarca proporciona visitas virtuais entre doentes e familiares no hospital de campanha instalado na cidade.

A filha de Salazar Coimbra, segundo o administrador hospitalar, “disponibilizou-se de forma altruísta para reforçar a unidade covid” e vai iniciar a sua colaboração logo que a vacina produza efeito. O Hospital “tinha e tem necessidade de profissionais que cubram todas as carências no atual cenário pandémico, motivo pelo qual aceitou a disponibilidade da profissional em causa, integrando-a no quadro de médicos para a Unidade Covid”.

Já a justificação para a vacinação de motoristas e funcionários de portaria é atribuída ao facto de estes prestarem serviço nas alas de tratamento covid.

O comunicado de Salazar Coimbra destaca que “outros familiares de outros trabalhadores que colaboram com a instituição foram igualmente vacinados”. Salazar Coimbra aponta o dedo a “alguns trabalhadores”, que tendo promovido um processo judicial contra o Hospital, podem estar “na origem das falsas informações”.

O comunicado termina assegurando que “o provedor da Santa Casa tem acompanhado de perto todo este processo” e que “expressa a sua solidariedade e confiança em todas as medidas adotadas”.

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