Ainda se lembra do HIV? Ele anda por aí

Por Eliseu Sampaio.

Eliseu sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesPortugal continua a destacar-se pelas elevadas taxas de novos casos de infeção VIH e SIDA entre os países da Europa Ocidental.

No relatório disponibilizado em conjunto da Direção-Geral da Saúde e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, de que falamos nesta edição, e que inclui dados até 2021, Portugal apresenta nos últimos anos uma taxa que é mais do dobro da média calculada pelo ECDC para o conjunto dos países que integram a União Europeia.

No nosso país fez-se um esforço para diminuir significativamente as infeções por VIH, que chegaram aos 3.351 casos no ano de 1999 e, em 2020, 870. No ano de 2021 é, no entanto, relatado um número superior de diagnósticos, 933, mais 13 que em 2020.

Mesmo podendo esta situação estar associada ao impacto da pandemia COVID-19, “não sendo ainda claro se a redução se deve a restrições no acesso ao diagnóstico para a infeção por VIH, a alterações de comportamentos ou a outros fatores”, pode ler-se no relatório, é uma tendência que deverá fazer soar o alarme.

Os 1.799 casos diagnosticados durante os anos 2020 e 2021 em adolescentes e adultos, ocorreram maioritariamente em homens (71,8%), representando os casos em mulheres 28,2% do total. A idade à data de diagnóstico situou-se entre os 25 e os 49 anos em 63,6% dos novos casos, enquanto 27,6% foram diagnosticados em indivíduos com idade superior ou igual a 50 anos.

Na semana passada, no decorrer da Semana de Rastreio às Infeções pelo VIH e Hepatites, estivemos à conversa com profissionais de saúde em Guimarães, que nos demonstraram preocupação com estes dados. Eles, que estão no terreno, nas Escolas, em contacto com os jovens, nos Centros de Saúde e Hospitais, dizem sentir esta viragem na curva, o aumento dos casos, motivado pela alteração de comportamentos, com destaque para a troca mais frequente de parceiros sexuais, sobretudo entre os jovens cada vez mais novos, e outros comportamentos de risco.

O caminho, repetem, continua a ser o da prevenção, da sensibilização, e passa pelo envolvimento de toda a comunidade.

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