APRESENTADA EQUIPA DE SAPADORES FLORESTAIS

Foi apresentada, na segunda-feira, dia 22 de janeiro, a primeira equipa de sapadores florestais para Guimarães. A formação desta equipa surge na sequência da aprovação do protocolo de cooperação com a Associação de Silvicultores do Vale do Ave (ASVA) e das medidas adotadas pelo Governo para a prevenção, limpeza e reflorestação das áreas florestais.

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A equipa de sapadores florestais de Guimarães é constituída or cinco elementos

Hugo Torrinha, do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Guimarães lembrou que esta é uma pretensão antiga do Município de Guimarães. O técnico lembrou que as alterações climáticas já se fazem sentir no concelho, com uma subida de um grau nos últimos dez anos. Apesar de ser fundamentalmente constituído por solo urbano, o concelho de Guimarães tem 13.000 hectares de solo florestal, sendo que a maioria destes são eucalipto, explicou Hugo Torrinha. Os sapadores florestais irão atuar em quase 7 mil hectares, fundamentalmente ao longo da rede viária florestal.

“Esta equipa fará fundamentalmente silvicultura preventiva”, explica Sequeira Braga, presidente da ASVA. O vínculo laboral dos elementos desta equipa é com esta associação, e estarão na sua direta dependência, apoiando a Câmara Municipal de Guimarães a cumprir com o seu Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, os sócios da associação, e outros proprietários florestais que requisitem os seus serviços. A equipa terá um papel muito importante na prevenção de incêndios, complementando a limpeza de caminhos florestais e das faixas de gestão de combustível, apoiando os agricultores, nomeadamente na realização de queimadas de forma segura. Sequeira Braga afirma que “só pela sua presença permanente os sapadores podem dissuadir as pessoas menos bem-intencionadas e comportamentos menos corretos”, e comparou a ação destes homens, em termos de vigilância, aos antigos guardas florestais.

Esta equipa de sapadores está equipada com uma viatura todo-o-terreno, ferramenta diversa, nomeadamente equipamento de corte elétrico e equipamento individual de proteção. Apesar de a função destes sapadores florestais ser fundamentalmente a prevenção, eles poderão dar o alerta e fazer um primeira intervenção, para isso têm sistemas de supressão de fogo de alta e baixa pressão. O presidente da ASVA lembra, porém, que “esta equipa não deverá fazer combate, não estão preparados nem têm formação”. O momento muito importante para a redução dos reacendimentos é o rescaldo, e nesse momento, segundo Sequeira Braga, esta equipa poderá dar um contributo importante.

Os sapadores ficarão na dependência da Associação de Silvicultores do Vale do Ave

Sofia Ferreira, vereadora dos serviços urbanos e ambientais, lembrou que “hoje em dia o mundo enfrenta o enorme desafio de ser capaz de fazer face às alterações climáticas e obriga-nos a todos, cidadãos e responsáveis políticos a adotar medidas nesse sentido”, e prosseguiu inserindo a equipa agora apresentada numa política mais abrangente de prevenção da qualidade do meio ambiente, nomeadamente, de acordo com os objetivos da candidatura a Capital Verde Europeia.

Domingos Bragança afirma que para a Câmara Municipal “esta é mais que uma equipa de limpeza da floresta, eles farão a gestão da floresta, acompanhada pela ASVA, que tem conhecimento que lhe advém dos proprietários das florestas, e que já tem experiência de sapadores em outros três concelhos”. O presidente da Câmara sublinhou as sinergias necessárias entre Câmara, Bombeiros e ASVA. “Eu não quero que a responsabilidade seja da ASVA, é uma responsabilidade partilhada”, afirma Domingos Bragança.

Sequeira Braga anunciou a candidatura a novas equipas de sapadores florestais para o Vale do Ave, “que poderão ser para concelhos que ainda não têm, ou para reforçar, com uma segunda equipa, concelhos que já têm”.

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