ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVA MOÇÃO QUE CONDENA “TODAS AS FORMAS DE RACISMO”

Assembleia municipal não vai ter sessão extraordinária.

COM-TIRA

Moção também “repudia de forma veemente quaisquer associações das gentes de Guimarães como um todo a atos de racismo e discriminação”.

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A Assembleia Municipal de Guimarães aprovou uma moção que condena “a todos os títulos” e sem “quaisquer hesitações” as “manifestações de racismo ocorridas no jogo entre Vitória e FC Porto”. Lida na íntegra, a moção assinala que “Guimarães nunca foi território onde o racismo medrasse” e que a luta contra esta “odiosa forma de discriminação” dever feita “sem quartal e sem intransigências”.

A Assembleia deliberou “condenar todas as formas de racismo”, “reclamar uma investigação célere e exaustiva” e “repudiar de forma veemente quaisquer associações das gentes de Guimarães como um todo a atos de racismo e discriminação”.

A moção foi aprovada por maioria, com um voto contra do presidente da Junta da União das Freguesias de Selho S. Lourenço e Gominhães, Daniel Oliveira.

Ainda no período antes da ordem do dia, o deputado do PSD, Emídio Guerreiro lembrou os insultos racistas a Marega no jogo entre vitorianos e portistas, e salientou que “quando acontece algo infeliz, que não deve acontecer, mas que aconteceu, não significa que tomemos a floresta pela árvore. “O todo é muito mais do que isto. Temos uma longa tradição de bem acolher. Não temos tradição racista na nossa terra, nunca o tivemos. Aquilo que aconteceu e que não deveria ter acontecido não é o retrato da nossa comunidade”, afrimou o também deputado social-democrata.

Esta foi uma das moções apresentadas. No final da primeira Assembleia Municipal de 2020 foram ainda votadas duas moções da CDU – um voto de pesar pelo falecimento de José Mario Branco e outra relativa ao Dia Internacional pela mulher; e mais duas do Partido Socialista (relativa à congratulação ao andebol português e à elevação a basílica do Santuário de São Torcato).

Temas semelhantes

Mobilidade, desenvolvimento económico voltaram a ser os temas em destaque desta Assembleia Municipal. O ponto mais discutido foi mesmo o destinado à “Análise do Relatório da Atividade da Câmara Municipal de Guimarães”.

Esta sessão marcou a estreia de Paulo Peixoto como líder da bancada do CDS-PP no órgão deliberativo, que rendeu Ângela Oliveira, que renunciou ao seu mandato. O centrista mencionou a variação no número de desempregados e comparou o desenvolvimento económico de Guimarães com o dos concelhos vizinhos, para os quais, segundo o centrista, a cidade-berço tem perdido terreno.

A CDU e o Bloco de Esquerda trouxeram para discussão o tema da mobilidade – a discussão em torno do tramway e do centro sem carros. Pela voz de Mariana Silva, a CDU também questionou a Câmara acerca do Centro de Recolha Oficial (CRO) e da “promessa de ampliação para 2019”. Domingos Bragança referiu que está em fase de projeto e há “uma questão de terreno, de desafetação”.

Atuar nas rua vai ser mais fácil

Outro dos pontos discutidos prendeu-se com a “Alteração ao Regulamento de Ocupação do Espaço Público e Publicidade, no Município de Guimarães”. Atividades como cantar, recitar, dançar, representar e tocar instrumentos musicais vão poder sair à rua com mais facilidade e vão ser detentores de uma identificação própria. A proposta já tinha sido discutida na última reunião do executivo e permite ao animador “obter a devida autorização” de uma forma mais facilitada. A animação com duração máxima de três dias estão isentas de taxas. Segundo Sónia Ribeiro, deputada do Bloco de Esquerda, as alterações “são positivas”. “Vem colmatar lacunas no que diz respeito aos artistas de rua”, acrescentou.

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