Bloco quer aumentar deputados e evitar que a extrema direita cresça nas legislativas

No encontro foram destacados alguns pontos que integram o programa do Bloco para o distrito, e identificados alguns dos atuais problemas do território.

Bloco de Esquerda Braga barra

Sónia Ribeiro e Andrea Lopes são os rostos vimaranenses na lista distrital do Bloco de Esquerda às eleições legislativas de 30 de janeiro. A apresentação das candidatas e do programa do Bloco decorreu esta segunda-feira no Largo da Oliveira em Guimarães. No encontro com a comunicação social estiveram os atuais deputados José Maria Cardoso e Alexandra Vieira, que são novamente candidatos pelo distrito, o número um e dois, respetivamente. 

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

José Maria Cardoso, o cabeça de lista, revelou quais os dois principais objetivos do partido para estas eleições: Primeiro, aumentar a representação do Bloco de Esquerda conseguida no resultado eleitoral de 2019, em que elegeram dois deputados e são “a esquerda que elege” no distrito. Para além dos oito deputados do Partido Socialista, disse o deputado, “somos os representantes desta esquerda no Parlamento.  

E segundo, sendo “um objetivo que temos muito vincado para estas eleições, contribuir para que a  extrema direita não tenha o crescimento que as sondagens e comentadores lhe querem dar, e que não me parece que esteja minimamente relacionado com aquela que é a vontade da população portuguesa”. Uma extrema direita “fascista”, que defende “um estado cada vez mais fechado, de cultura de ódio, de discriminação, de falta de valores e princípios que têm que reger a nossa sociedade”.

No encontro foram destacados alguns pontos que integram o programa do Bloco para o distrito, e identificados alguns dos atuais problemas do território.

Os bloquistas elegeram os problemas com a habitação, a mobilidade, a legislação laboral, os serviços públicos, o ambiente e o bem estar animal como principais bandeiras, e assuntos que devem ser discutidos durante a campanha.

Para Sónia Ribeiro, candidata vimaranense, em Guimarães “é inegável o problema da habitação”, sendo “incomportável para um habitante da cidade, e para a “maioria da população de Guimarães que recebe o salário mínimo”, comportar esses preços. Por isso, defende, terem de haver melhores “politicas públicas de habitação”.

A também deputada municipal do bloco identificou a mobilidade como outro problema do território, dizendo que “a maioria dos locais, sobretudo os mais afastados da cidade, não têm um serviço público de transportes capaz de responder às reais necessidades”.

Quanto ao ambiente, disse que não se pode “continuar a discutir a poluição pela via da reciclagem doméstica, que é importante, mas não podemos deixar de reconhecer que são as empresas os maiores poluidores”.

A dirigente sindical vincou também a sua posição quando á legislação laboral dizendo que o atual Código do Trabalho “muito pouco cumpriu o seu papel, porque foram sendo introduzidos mecanismos que, ao invés de protegerem o trabalhador, vão abrindo a porta ao favorecimento da entidades empregadoras”.

No final do encontro, José Maria Cardoso lembrou que, juntamente com Alexandra Vieira colocaram “cerca de 150 perguntas” na Assembleia da República sobre problemas do distrito de Braga, durante a última legislatura, e apelou para que a discussão, nesta campanha eleitoral “ se centre nas questões que são realmente importantes para os cidadãos” e não nos “muitos fait-divers que irão certamente surgir”.

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