Domingos Bragança assegura que Guimarães tem “uma atratividade excecional, por ter um conjunto de centros de competência na produção de conhecimento científico”.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, pretende que, no âmbito da 2ª alteração pontual do Plano Diretor Municipal (PDM), haja uma ampliação de todos os Parques Industriais. Recorde-se que a 2ª alteração pontual do PDM esteve em discussão pública ao longo do mês de setembro e decorreu no âmbito do Regime Extraordinário de Regularização de Actividades Económicas – RERAE.
No final da reunião municipal que decorreu esta segunda-feira, o autarca revelou à comunicação social que as equipas técnicas responsáveis pelo PDM estão a trabalhar, conjuntamente com as diversas entidades que tutelam o PDM, no sentido de que todos os parques industriais sejam ampliados. “Não é propriamente uma revisão do PDM, mas já que a fazemos, quero que todas as ampliações dos Parques Industriais estejam asseguradas”, frisou.
O autarca apontou como exemplo o contrato de urbanização industrial em Silvares, que está a ser ultimado, com a cooperação de todos os proprietários, como “um bom modelo para trabalharmos estas ampliações e a criação de um parque industrial grande dimensão”. A ideia é que o novo parque “corresponda aquilo que que possam ser solicitações das diligências que estamos a receber para a instalação industrial”, conta.
Domingos Bragança assegura que Guimarães tem “uma atratividade excecional, por ter um conjunto de centros de competência na produção de conhecimento científico”. Nesse sentido, assegura igualmente que o concelho “não perdeu nenhum investimento de grande dimensão por falta de terrenos”. “Se hoje houvesse, por exemplo, uma necessidade de um investimento muito forte no Parque de Ciência e Tecnologia, nós, não tendo propriedade pública, temos possibilidade de o ceder com os proprietários. Temos tido muitos investimentos… que parecem não ter valor. Quando outros concelhos têm [investimentos] de menor dimensão parece ter mais valor. Mas isso faz parte da discussão política”, afirmou.
O presidente do município deixa, por isso, um apelo, a todos os proprietários: “Todos que possam vir, em cooperação com a Câmara, a constituir zonas de parques industriais ou de alargamento de parques industriais, possam dialogar com a autarquia para que possamos ter mais facilmente terrenos disponíveis que permitam um desenvolvimento harmonioso”.
No mesmo documento, Domingos Bragança pretende ainda salvaguardar a criação eco-parque industrial no concelho, pensado para a área das freguesias de Moreira de Cónegos e Guardizela. “Quero que seja trabalhado um modelo que garanta um novo Parque Industrial na zona sul do concelho, assim como a variante que liga Brito a Pevidém. É necessário ter em conta que é uma área bem servida de vias e muito próxima da autoestrada, e que poderá ter uma prioridade na instalação industrial”, frisou.
O objetivo do autarca é criar “bolsas” na zona sul do concelho, ou seja, os parques industriais existentes, e, a partir dos mesmos, criar um novo parque, através de alguma fileira que “dê continuidade geográfica aos mesmos, tendo em conta as infraestruturas viárias de ligação à autoestrada”. “Temos que encontrar – conjuntamente com as tutelas – as diversas autorizações para estas alterações, se não poderemos comprometer o desenvolvimento industrial que queremos ter em Guimarães. Nesta imensa área, teremos zona de reserva ecológica e agrícola que vamos proteger e manter”, apontou.
Relativamente à discussão pública, que decorreu ao longo do mês de setembro, o autarca explicou que tiveram que ver “com pequenas parcelas de terreno que as pessoas têm que entendem que se forem desafetadas; pequenas legalizações de anexos que foram sendo construídas; ou ligações no território que ficou descontínuo”.