Bruno Fernandes quer “clareza e transparência” nas admissões nas empresas municipais

Na reunião do executivo municipal, realizada nesta quinta-feira, dia 26 de outubro, o vereador pediu que "as empresas municipais tenham critérios claros, objetivos e de transparência" para a admissão de trabalhadores.

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

O social-democrata compreende que “as empresas municipais carecem de recursos humanos fundamentados”, mas coloca em causa o critério de admissão: “Não há um critério público para que todos os vimaranenses possam aceder a estas vagas em igualdade.” “Nos últimos anos, os critérios ficam à mercê da avaliação da gestão das empresas municipais”, acrescentou.

Bruno Fernandes falou acerca do “aumento considerável e exponencial de admissões de colaboradores para as empresas municipais”, na qual deu o exemplo da Vitrus: “No relatório semestral deste ano, aumentou em 42% os seus custos com pessoal. A empresa que em 2010 tinha 14 trabalhadores, em 2022 tinha 219 e já viu esse número aumentar em 40%”.

Além disso, o vereador apontou que, “muitas vezes, confundem-se os papéis.” Para Bruno Fernandes “é preciso refletir sobre os recursos afetos estas empresas, porque assistimos a um exagero de gastos em imagem e comunicação que não faz sentido. É à Câmara que compete esse protagonismo e não às empresas municipais. Apelamos a que ponha ordem nas empresas municipais”, ressalvou.

Por fim, o social-democrata criticou a “desproporcionalidade de meios”, em que lembrou que a Tempo Livre precisa de encher ginásios e piscinas e justificava uma estratégia de comunicação mais assertiva.”

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, admitiu estar “de acordo”, ao referir que “todas as empresas devem ter um conjunto de regras e regulamentos sobre a admissão de candidaturas. E se não tiverem, têm que ter.”

O autarca explicou que, “pela lei, a Câmara não pode interferir de forma direta na gestão das empresas municipais” e salientou que confia “nas pessoas para as estruturas autónomas”. “A Vitrus é uma empresa eficiente, a sensibilização para o ambiente está certa”, vincou.

O edil referiu, ainda, que 98% da Vitrus é mão de obra operária, que é “difícil de contratar para recolher resíduos, fazer faixas de retenção, recolher lixo…Não há muita gente que queira.”

Já a vereadora do Ambiente na Câmara Municipal de Guimarães, Sofia Ferreira, justificou que o aumento de admissões nos últimos anos deve-se a “um conjunto de intervenções que a Vitrus faz sob orientação e em complemento da atividade da Câmara e que obriga ao recrutamento de meios operacionais. Estamos a falar de uma empresa que trabalha sob em áreas da higiene urbana, recolha de resíduos. Há um trabalho importante e que a Vitrus tem vindo a crescer nos últimos anos nesse domínio.”

Sofia Ferreira reforçou a sua resposta apontando que, devido à legislação de 2017 de prevenção da floresta para os incêndios, “o município tem  um investimento reconhecido pelas corporações do bombeiros e a nível nacional. O investimento é forte na gestão das faixas de gestão de combustível, beneficiação de caminhos rurais e, para o município responder, teve de recorrer da sua empresa para que executar esses trabalhos. Acreditamos que é benéfico, a limpeza tem sido fundamental para evitar outros danos.”

Além disso, a vereadora lembrou que “não é fácil o mercado ter disponibilidade para este tipo de mão de obra. É uma dificuldade que temos quando há concursos e ficam desertos.”

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