Campanha “Às ruas! Por 3” quer ajudar a transformar cidade em palco

Artistas podem ocupar gratuitamente o espaço público nos primeiros três dias de utilização, com o máximo de três metros quadrados.

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O município de Guimarães lançou uma campanha, “Às Ruas! Por 3”, com o objetivo de dar a conhecer a alteração feita ao regulamento de ocupação do espaço público para “facilitar e criar condições para que o centro histórico, este cenário único e natural, possa ser palco de acolhimento para talentos”.

© Mais Guimarães

Os artistas podem ocupar gratuitamente o espaço público nos primeiros três dias de utilização, com o máximo de três metros quadrados. “São três metros quadrados, três dias gratuitos. Ao fim desses três dias o valor a cobrar é absolutamente simbólico”, garante Paulo Lopes Silva, vereador com o pelouro da Cultura, que lembra que “a cidade de Guimarães, felizmente, ao longo dos últimos anos, fez um percurso de crescimento muito acentuado do ponto de vista dos seus hábitos culturais, da fruição e da criação”.

A imagem lançada para esta campanha tem dois QR Codes, o regulamento para verificação das condições a cumprir e o formulário para submissão do pedido. Existem locais pré definidos, onde “faz sentido que isto aconteça”, sendo que “não haverá verificação da qualidade” dos candidatos que deverão fazer o pedido com cerca de 10 dias de antecedência.

“Temos, a partir de Guimarães, um conjunto muito alargado de criadores de jovens artistas que estão a ser formados e que têm a necessidade permanente de se darem a conhecer e mostrarem o seu trabalho”, explicou Paulo Lopes Silva que justificou que, por vezes, estes momentos podem funcionar “como passos intermédios de trabalhos em progresso que, de alguma forma, com este possibilidade, se podem apresentar ao público testando a sua reação e evoluindo para as suas criações”.

A alteração ao regulamento foi feita já em 2020 mas, “infelizmente, aconteceu em vésperas do início da pandemia”. “Perdeu-se a oportunidade para que os artistas pudessem ter usufruido com a intensidade que imaginavamos que pudessem usufruir”, referiu Paulo Lopes Silva.

Do ponto de vista turístico, diz o vereador também com o pelouro do Turismo, espera que esta alteração “traga uma dinâmica diferenciada da vivência do espaço público”. Com esta campanha, lança um apelo: “venham para as ruas, ocupem o espaço público, animem as nossas praças”. Desta forma, “Guimarães sairá valorizado, daremos a conhecer os nossos artistas e, mais do que tudo, também os nossos turistas, além de conhecerem a monumentalidade do centro histórico e os espaços culturais, terão a oportunidade de usufruir dos melhores talentos que temos nas ruas e essa experiência pode ser feita de forma diferenciada e mais animada para quem percorre o centro da cidade”.

Enquanto responsável do espaço público, Sofia Ferreira destacou a “importância de haver uma verdadeira articulação em termos de serviços e vereação na forma como se trabalha, se planeia e se vê a cidade”. Para a vereadora, esta alteração ao regulamento vai de encontro a esse objetivo.

Recordando “os contrangimentos que existem na vivência no centro histórico e a dificuldade em conciliar a utilização do espaço público indo ao encontro das vontades e expectativas dos que visitam, trabalham e habitam”, Sofia Ferreita diz que o desafio é “sermos capazes, enquanto gestores públicos, de criar condições para que haja uma vivência harmoniosa deste espaço”.

Para a vereadora, a alteração do regulamento foi feita com o objetivo de “facilitar e criar condições para que o centro histórico, este cenário único e natural, pudesse ser palco de acolhimento para talentos que muitas vezes são trabalhados e desenvolvidos no seio do nosso concelho”.

“Queremos um centro histórico mais animado e queremos criar condições para que os jovens talentos possam, no espaço público e neste cenário fantástico, embelezar quem visita, quem trabalha, quem habita. Ao isentarmos de custo os três primeiros dias estamos a criar facilidades e incentivos para que haja mais pessoas e mais jovens a poder atuar neste espaço”, terminou Sofia Ferreira.

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