Casa da Memória apresenta espetáculo instigador inspirado no livro “Vamos comprar um poeta”

Criação de Adriana Campos para público juvenil é apresentada no sábado, 6 de novembro, e terá uma oficina de exploração poética relacionada com o espetáculo, no domingo, 7 de novembro.

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“Vamos comprar um poeta”, livro do premiado autor Afonso Cruz, serve de inspiração para um espetáculo concebido por Adriana Campos, um projeto de caraterísticas peculiares que desafia a Casa da Memória de Guimarães a transformar os seus espaços num local inusitado de representação, apresentando ao público juvenil a experiência exótica da menina que decidiu adquirir um poeta. Dirigida ao público juvenil, a peça terá várias sessões para público escolar entre 2 e 5 de novembro, e uma sessão especialmente dedicada a famílias no dia 6 de novembro, sábado, às 15h00. 

O livro de Afonso Cruz, “Vamos comprar um poeta”, que deu nome ao espetáculo, foi a inspiração para esta criação a solo, na qual Adriana Campos representa uma personagem adolescente que defende os benefícios da poesia, num texto tão irónico quanto inteligente. Na sociedade imaginada deste espetáculo-manifesto, o materialismo controla todos os aspetos das vidas dos seus habitantes. Todas as pessoas têm números em vez de nomes, todos os alimentos são medidos com total exatidão e até os afetos são contabilizados ao grama. Nesta sociedade, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação. A protagonista desta história escolheu ter um poeta e um poeta “não sai caro nem suja muito, mas pode transformar muita coisa”, lê-se na sinopse.

Apesar da complexidade do discurso, o público-alvo do espetáculo facilmente se deixa conquistar pela história inusitada da adolescente que decide fazer uma petição aos pais para adquirir um poeta. Tal como o livro, a peça reflete sobre a importância da poesia, da criatividade e da cultura nas nossas vidas, que, ao contrário de tantas outras coisas, não se podem comprar, nem têm um carácter utilitário, celebrando assim a beleza das ideias e das ações desinteressadas. 

Este espetáculo-manifesto, que voa das páginas em que foi escrito, traz também consigo uma oficina de exploração poética associada que instiga as famílias com vários pensamentos à mistura. E se fosse possível comprar um poeta? E se ele fosse encomendado à medida da nossa família e fosse viver connosco? Poderia o poeta reescrever as janelas das nossas casas? Na manhã de domingo, 7 de novembro, às 11h00, a Casa da Memória de Guimarães desafia as famílias a reverem o seu orçamento familiar e a incluir a compra de um poeta capaz de destapar a poesia das nossas vidas. Com uma duração aproximada de 90 minutos e lotação limitada, esta oficina destinada a maiores de seis anos de idade tem um custo de participação de dois euros, estando sujeita a marcação prévia.

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