CDU: “Abril é o Estado ao serviço do povo e não da exploração”

Hoje é importante mostrar que “abril e os seus valores estão na rua com palavras de ordem, com música, com poesia, com alegria”.

CDU

“É preciso recordar que comemorar abril é ter presente o que significou, as transformações que trouxe, o progresso, mas também os ataques da contra revolução que duram até aos dias de hoje”, começou por dizer Mariana Silva, que foi a porta voz da CDU na sessão solene comemorativa do 25 de abril em Guimarães.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Comemorar abril é, para Mariana Silva, “valorizar o carácter progressista da nossa revolução, onde se abriu caminho à liberdade e se construiu o edificado de direitos que ficaram plasmados na Constituição da República Portuguesa”. 

Mas é sobretudo, “lembrar a luta antifascista, a luta de homens, mulheres e jovens de uma abnegada dedicação à luta pela democracia e a liberdade”.

Luta que, lembrou, “abriu as portas a um extraordinário progresso da sociedade portuguesa com as suas conquistas e com a instauração de um regime democrático, amplas liberdades, vastos direitos sociais e laborais, livre organização sindical e direito à greve. À elevação dos salários, ao salário mínimo nacional, ao aumento e alargamento das pensões, à proibição dos despedimentos sem justa causa, o aumento do tempo de férias e o seu subsídio. Abriu as portas ao direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender”.

No entanto, abril ainda não se cumpriu para a representante d`Os Verdes na coligação de esquerda, “porque teve sempre que lutar contra os donos dos ataques às sucessivas conquistas, que insistem em repor e reconstruir os velhos privilégios, à custa de colossais recursos públicos e do aumento da exploração dos trabalhadores. Os donos dos retrocessos nos planos social, económico, político, cultural e da independência nacional que resultam do processo contra revolucionário de décadas de política de direita”.

Hoje é importante mostrar que “abril e os seus valores estão na rua com palavras de ordem, com música, com poesia, com alegria”.

Mariana Silva

Que “abril é o Estado ao serviço do povo e não da exploração, do desenvolvimento visando a melhoria da qualidade do nível de vida dos portugueses, da justa e equilibrada repartição da riqueza nacional, da soberania e independência nacional”. 

Aos presentes no Teatro Jordão, disse que, para a CDU, “o futuro se constrói no combate da precariedade dos nossos jovens e emigrantes, se constrói sem especulação imobiliária com casas para todos, cumprindo com o direito constitucional, sem que se permita que se continuem a usar desculpas e se peça às pessoas, sobretudo, aos jovens que se resignem. Que se continue a permitir que se viva em casas indignas, sem condições de higiene, conforto e sem preservação da intimidade pessoal e privacidade familiar”, acrescentando que, em Guimarães, serão perto das 800 famílias que vivem nestas condições.

Mariana Silva reafirmou que “o futuro que se continua a construir na restituição de direitos dos trabalhadores, os que são sempre chamados a pagar as opções políticas erradas”, apontando que se devolva “o respeito dos milhares de professores que trabalham para uma Escola Pública de qualidade. Que se valorize o trabalho de todos os profissionais de saúde, para que o Serviço Nacional de Saúde nos continue a garantir o direito à Saúde independentemente das condições económicas de cada um”.

Um futuro para todos com dignidade, que deixem de ser pobres os trabalhadores”.

Mariana Silva criticou as medidas implementadas pelo Governo de maioria PS, que diz, “continuam a ser insuficientes, pois não impedem que os preços do que é essencial continuem a subir”, o que é significativo num “concelho de salários baixos”.

Voltando o discurso para a igualdade de direitos, a deputada municipal, recordou que “as mulheres continuam a ser mais mal pagas que os homens, tendo salários base, em média, 13% inferiores, uma diferença salarial que aumenta entre os mais qualificados. Têm vínculos mais precários que os homens e estão cada vez menos protegidas no desemprego, representando mais de 50% da população desempregada”, e que tal corresponde a “mais de 48 dias por ano” sem remuneração.

Mariana Silva voltou-se também para a defesa do poder local democrático, “como espaço de realização, promoção e elevação das condições de vida”. Um poder local que, acrescentou, a política de direita tem procurado “atacar e reduzir, limitando a sua autonomia administrativa e financeira, um poder local que precisa de ser afirmado e defendido quando hoje em nome de uma falsa descentralização se quer impor a transferência de encargos, defendida por PS, PSD, CDS, Chega e IL”.

A terminar, Mariana Silva disse que “abril abriu as portas também à paz, e nos dias que vivemos é cada vez mais primordial falar e trabalhar para a paz, no mundo, na Europa ou no nosso país”.

PUBLICIDADE

Arcol

Partilhar

PUBLICIDADE

Ribeiro & Ribeiro
Instagram

JORNAL

Tem alguma ideia ou projeto?

Websites - Lojas Online - Marketing Digital - Gestão de Redes Sociais

MAIS EM GUIMARÃES